Hong Kong enfrenta uma propagação drástica da Covid-19 nas próximas semanas, noticia a Reuters. 

Investigadores universitários preveem que as novas infeções podem atingir um pico de 180.000 infeções diárias no início a meados de março, com a cidade controlada pela China já mal capaz de lidar com os casos atuais. 

As autoridades de saúde disseram que as infeções estavam a aumentar "exponencialmente". Só esta segunda-feira foram registados 7.533 novos casos, um número recorde.

Os hospitais atingiram 90% da capacidade e alguns começaram a tratar pacientes no exterior, com enfermarias improvisadas na rua. A autoridade hospitalar da cidade apelou aos médicos dos hospitais privados para ajudarem a tratar dos pacientes.

Num artigo intitulado 'Modelando a quinta vaga da Covid-19 em Hong Kong', investigadores da Universidade de Hong Kong afirmaram ter atualizado o seu estudo de 10 de Fevereiro para mostrar o número de mortes diárias potencialmente a atingir um pico de quase 100 até finais de março.

Há menos de duas semanas, os mesmos investigadores tinham previsto infeções diárias potencialmente com um pico de cerca de 28.000 até meados de março.

Na ausência de medidas de distanciamento social muito mais intensivas, como um encerramento em toda a cidade, "é pouco provável que a trajetória da quinta vaga mude substancialmente em relação ao seu curso atual", alerta o estudo.

Hong Kong relatou que desde o início de fevereiro as infeções diárias aumentaram cerca de 70 vezes. O governo de Hong Kong adotou uma estratégia "dinâmica Covid zero" semelhante à da China continental, com o objetivo de erradicar quaisquer surtos a todo o custo.

Com 7,4 milhões de habitantes, Hong Kong já tem algumas das regras mais duras do mundo para conter a pandemia.  Dentro da cidade, são proibidas as reuniões de mais de 2 pessoas e a maioria dos locais, incluindo escolas, ginásios e salões de beleza, estão fechados.

A maioria das pessoas trabalha a partir de casa, sob restrições semelhantes às impostas em 2020. 

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