"Um soldado morreu" na região de Lugansk, adiantou à agência France Presse (AFP) o porta-voz militar do Exército ucraniano, Pavlo Kovalchuk, sem especificar onde é que os outros soldados foram feridos.
Após vários dias de escalada do conflito entre forças ucranianas e os separatistas pró-russos, as autoridades da Ucrânia referiram que hoje o dia foi de relativa calma.
A equipa de reportagem da AFP testemunhou disparos contínuos de mísseis em várias áreas de Lugansk.
Desde o início do ano, com a escalada do conflito no leste da Ucrânia, oito soldados das Forças Armadas ucranianas e um civil morreram em confrontos com as forças separatistas, a maioria por disparos de artilharia.
Em 2021, segundo as Forças Armadas da Ucrânia, 66 militares morreram nas duas autoproclamadas repúblicas de Donetsk e Lugansk.
A Rússia reconheceu na segunda-feira como independentes os dois territórios ucranianos separatistas na região de Donbass e Moscovo esclareceu hoje que o reconhecimento se refere ao território ocupado quando as autoproclamadas repúblicas proclamaram esse estatuto em 2014, o que inclui espaço atualmente detido pelas forças ucranianas.
Putin anunciou que as forças armadas russas poderão deslocar-se para aqueles territórios ucranianos em missão de "manutenção da paz", decisão que já foi autorizada pelo Senado russo.
O chefe de Estado russo afirmou hoje que o envio de tropas russas para a região do Donbass dependerá da situação no terreno, onde os confrontos "continuam" e tendem a agravar-se.
A decisão foi condenada pela generalidade dos países ocidentais, que temiam há meses que a Rússia invadisse novamente a Ucrânia, depois de ter anexado a península ucraniana da Crimeia em 2014.
A UE aprovou hoje um "pacote de sanções" contra a Rússia "por unanimidade", revelou o chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell.
O Reino Unido também anunciou hoje sanções contra três oligarcas conhecidos por serem próximos do Presidente russo, Vladimir Putin, e contra cinco bancos russos.
Já o chanceler alemão, Olaf Scholz, disse hoje que Berlim tomou medidas para interromper o processo de certificação do gasoduto Nord Stream 2, para distribuição de gás natural russo à Alemanha.
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