Canadá anuncia sanções económicas à Rússia e reforço militar na Europa
O Canadá vai impor uma série de sanções económicas à Rússia até que Moscovo restaure a integridade territorial da Ucrânia, adiantou hoje o primeiro-ministro canadiano, Justin Trudeau, que anunciou ainda o envio de mais militares para a Europa Oriental.
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Mundo Ucrânia
Em particular, o Canadá passa a proibir os seus cidadãos "de realizarem quaisquer transações estrangeiras" com os territórios separatistas pré-russos de Lugansk e Donetsk, que a Rússia reconheceu na segunda-feira como independentes.
Os canadianos estão também proibidos de "participar na compra de dívida russa".
Justin Trudeau revelou também, em conferência de imprensa, sanções aos parlamentares russos que votaram a favor da "decisão ilegal de reconhecer esses territórios".
O chefe do governo explicou ainda que até 460 militares das Forças Armadas do Canadá vão ser mobilizados para a Letónia, para reforçar a NATO perante a ameaça de uma invasão da Rússia à Ucrânia.
As medidas reveladas pelo Canadá surgem no seguimento dos anúncios por outros países e organismos ocidentais, como a UE que aprovou hoje um "pacote de sanções" contra a Rússia "por unanimidade".
O Reino Unido também anunciou hoje sanções contra três oligarcas conhecidos por serem próximos do Presidente russo, Vladimir Putin, e contra cinco bancos russos.
O chanceler alemão, Olaf Scholz, disse hoje que Berlim tomou medidas para interromper o processo de certificação do gasoduto Nord Stream 2, para distribuição de gás natural russo à Alemanha.
Já o Presidente norte-americano, Joe Biden, anunciou hoje um conjunto de sanções económicas a indivíduos, entidades e bancos russos.
Joe Biden afirmou que os Estados Unidos da América (EUA) impõem, no imediato, um "bloqueio total" a duas grandes instituições financeiras russas e "sanções abrangentes" à dívida russa.
A Rússia reconheceu na segunda-feira como independentes os dois territórios ucranianos separatistas na região de Donbass e Moscovo esclareceu hoje que o reconhecimento se refere ao território ocupado quando as autoproclamadas repúblicas proclamaram esse estatuto em 2014, o que inclui espaço atualmente detido pelas forças ucranianas.
Putin anunciou que as forças armadas russas poderão deslocar-se para aqueles territórios ucranianos em missão de "manutenção da paz", decisão que já foi autorizada pelo Senado russo.
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