Grupo vendia comprimidos para emagrecer com derivados de anfetamina

Substância pode "causar sérios riscos à saúde" e até "morte". Organização criminosa dizia ser "um distribuidor autorizado" do medicamento. Há cinco detidos.

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Notícias ao Minuto
23/02/2022 12:38 ‧ 23/02/2022 por Notícias ao Minuto

Mundo

Espanha

A Polícia Nacional espanhola desmantelou uma organização criminosa e deteve cinco pessoas que se dedicavam à venda de comprimidos para emagrecer. Os comprimidos em causa são distribuídos como um suplemento 100% natural, mas a sua comercialização está proibida em Espanha por conterem uma substância que pode “causar sérios riscos à saúde” e até “morte” - um derivado da anfetamina - que não está especificada nos seus componentes.

Em comunicado, esta quarta-feira divulgado, a autoridade espanhola refere que a organização tinha “uma estratégia perfeitamente definida quanto à aquisição de medicamentos, ao seu armazenamento e distribuição”. Nas redes sociais, o grupo afirmava-se como um “distribuidor autorizado” do medicamento proibido.

Os principais pontos de distribuição do produto foram Alicante, Toledo e Torrejón de Ardoz, em Madrid.  

A investigação teve início após as autoridades tomarem conhecimento que várias pessoas, em Alicante, se dedicavam à distribuição de “um grande volume de comprimidos dietéticos”. 

Durante as diligências, os agentes concluíram que a organização “contactava com o fornecedor do produto através de redes sociais ou sites estrangeiros e combinavam uma forma de pagamento”, que “mudava periodicamente para dificultar o controlo” das autoridades. Após o pagamento, os medicamentos “eram enviados através de diferentes transportadoras para membros do grupo criminoso”.

Já na posse dos comprimidos, o grupo “distribuía-os imediatamente”. A venda aos clientes - enganados por pensarem tratar-se de um 'distribuidor autorizado’ - era feita em mãos ou através de transportadoras. 

Além dos cinco detidos, a ação da Polícia Nacional resultou também na apreensão de 7.200 comprimidos, um computador portátil, um carro, dois telemóveis e diversa documentação. Foram ainda bloqueadas oito contas bancárias diferentes, com um saldo total de quase 84 mil euros.

Leia Também: Igreja anuncia auditoria para apurar sobre abusos sexuais em Espanha

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