"Quase 200.000 soldados e milhares de veículos de combate estão posicionados" na fronteira, declarou Zelensky num discurso à Nação, horas depois de as "repúblicas" de Donetsk e Lugansk, reconhecidas pela Rússia, terem pedido ajuda militar ao Kremlin.
Dirigindo-se ao povo russo na língua russa, Volodymyr Zelensky disse que os seus pedidos de contacto com o Presidente Vladimir Putin, não tiveram resposta, e que a probabilidade de haver uma guerra com a Ucrânia "depende" da Rússia.
"Tomei hoje a iniciativa de ter uma conversa por telefone com o Presidente da Federação Russa. Resultado: silêncio", expressou.
Zelensky adiantou ainda que a Rússia pode iniciar uma "grande guerra na Europa" nos próximos dias.
Uma invasão poderá começar em "qualquer dia", com o risco de "se tornar o início de uma grande guerra na Europa", alertou no discurso.
Também após o pedido de ajuda militar pelas duas autoproclamadas repúblicas populares na região ucraniana do Donbass, a Ucrânia voltou a solicitar uma reunião urgente do Conselho de Segurança da ONU, que seria a segunda esta semana.
O anúncio foi feito no Twitter pelo ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano, Dmytro Kuleba, depois do anúncio do Kremlin, que se baseia nos acordos de amizade, cooperação e assistência mútua assinados na segunda-feira entre Moscovo e os separatistas no leste da Ucrânia.
O Kremlin anunciou hoje que os líderes das autoproclamadas repúblicas separatistas pró-Rússia, no leste da Ucrânia, pediram ajuda ao Presidente russo Vladimir Putin para "repelir a agressão" dos militares ucranianos.
Segundo o porta-voz da presidência russa, Dmitry Peskov, citado pelos 'media' estatais da Rússia, as duas regiões separatistas "solicitaram ajuda do Presidente da Rússia para repelir a agressão das forças armadas ucranianas".
Este apelo, se for aceite, pode significar o envolvimento militar direto da Rússia no leste da Ucrânia, confirmando os receios dos países ocidentais de que Moscovo está a preparar uma invasão ao país vizinho.
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