"Os militares ucranianos estão a lutar muito", garantiu o conselheiro, Mykhailo Podolyak, referindo que o exército ucraniano está a responder e "já infligiu perdas significativas ao inimigo".
Segundo Podolyak, "a Ucrânia precisa agora de um apoio maior e muito específico do mundo, um apoio técnico-militar, financeiro e sanções duras contra a Rússia".
Um outro conselheiro do Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, adiantou que a Rússia tem como alvo bases aéreas e várias outras infraestruturas militares, mas assegurou que o ataques "não diminuíram a capacidade de combate dos militares ucranianos".
O conselheiro, Oleksii Arestovich, admitiu que o país "sofreu baixas", mas que "não são significativas", acrescentando que as tropas russas avançaram cerca de cinco quilómetros no território ucraniano, nas regiões de Kharkiv e Chernihiv e, possivelmente, em outras áreas.
O Presidente da Rússia, Vladimir Putin, anunciou, hoje de madrugada, o início de uma operação militar no leste da Ucrânia, alegando que se destina a proteger civis de etnia russa nas repúblicas separatistas de Donetsk e Lugansk, que reconheceu como independentes na segunda-feira.
Depois do reconhecimento, Putin autorizou o exército russo a enviar uma força de "manutenção da paz" para Donetsk e Lugansk, referindo, na quarta-feira, que os líderes das autoproclamadas repúblicas separatistas pró-Rússia tinham pedido ajuda para "repelir a agressão" dos militares ucranianos.
O Ocidente acusa Moscovo de quebrar os Acordos de Minsk, assinados por Kiev e pelos separatistas pró-russos de Donetsk e Lugansk, sob a égide da Alemanha, França e Rússia.
Estes visavam encontrar uma solução para a guerra entre Kiev e os separatistas apoiados por Moscovo que começou em 2014, pouco depois de a Rússia ter anexado a península ucraniana da Crimeia.
A guerra no Donbass já provocou mais de 14.000 mortos e 1,5 milhões de deslocados desde 2014, segundo as Nações Unidas.
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