"A França está ao lado da Ucrânia [...]. Ao escolher esta guerra, Vladimir Putin decidiu ameaçar da forma mais grave possível a paz que dura na Europa há décadas", disse Emmanuel Macron num discurso ao país.
Numa breve comunicação aos franceses, o Presidente enumerou os diversos encontros que terão lugar nas próximas horas e dias, como a reunião de líderes do grupo dos sete países mais ricos do mundo (G7) hoje à tarde, o encontro extraordinário do Conselho Europeu hoje à noite e a cimeira de líderes da NATO, por videoconferência, na sexta-feira.
Nestes múltiplos encontros com os seus parceiros, a França promete uma resposta "sem fraqueza, com sangue-frio, determinação e unidade" à Rússia.
"As sanções contra a Rússia vão estar à altura da agressão que o país levou a cabo", garantiu Emmanuel Macron, prometendo sanções económicas, militares e no setor energético.
O Presidente francês, que tem levado a cabo vigorosos esforços diplomáticos nas negociações entre a Ucrânia e a Rússia nas últimas semanas, disse que a França apoia a Ucrânia "sem hesitar" e que "vai proteger a soberania e a segurança de todos os parceiros europeus".
"Os acontecimentos desta noite são uma reviravolta na história da Europa e do nosso país. Terão consequências profundas na geopolítica do nosso continente", avisou ainda Macron, que tem neste momento um papel acrescido a nível europeu, uma vez que a França detém até junho a presidência do Conselho da União Europeia (UE).
A Rússia lançou hoje de madrugada uma ofensiva militar em território da Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que as autoridades ucranianas dizem ter provocado dezenas de mortos nas primeiras horas.
O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que o ataque responde a um "pedido de ajuda das autoridades das repúblicas de Donetsk e Lugansk", no leste da Ucrânia, cuja independência reconheceu na segunda-feira, e visa a "desmilitarização e desnazificação" do país vizinho.
O ataque foi de imediato condenado pela generalidade da comunidade internacional e motivou reuniões de emergência de vários governos, incluindo o português, e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), União Europeia (UE) e Conselho de Segurança da ONU.
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