Políticos do Brasil lamentam ação militar russa e Bolsonaro em silêncio
Políticos brasileiros que disputarão a presidência em outubro próximo lamentaram a ação militar da Rússia na Ucrânia, enquanto o atual chefe de Estado do país, Jair Bolsonaro, não emitiu opiniões públicas sobre o assunto.
© Reuters
Mundo Rússia/Ucrânia
"Ninguém pode concordar com guerra, ataques militares de um país contra o outro. A guerra só leva a destruição, desespero e fome. O ser humano tem que criar juízo e resolver suas divergências em uma mesa de negociação, não em campos de batalha", escreveu na rede social Twitter o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, possível candidato à presidência pelo Partido dos Trabalhadores (PT).
Outro candidato presidencial que defende ideias progressistas, o ex-governador do estado brasileiro do Ceará Ciro Gomes frisou nas redes sociais que no mundo atual não existe mais guerra distante e de consequências limitadas.
"Precisamos nos preparar, portanto, para os reflexos do conflito entre Rússia e Ucrânia. Muito especialmente por termos um governo frágil, despreparado e perdido (...). O desequilíbrio na ordem internacional pode gerar efeitos de um outro tipo de pandemia, em especial neste Brasil hoje tão vulnerável" acrescentou Gomes.
"Condenável a invasão da Ucrânia pela Rússia. Guerra nunca é resposta a nada. Ninguém ganha quando a violência substitui o diálogo. Muitos acabam pagando pelas decisões de poucos. O que está em jogo são milhões de vidas humanas. Mais do que nunca o mundo precisa de paz", escreveu João Doria, governador do estado brasileiro de São Paulo e pré-candidato presidencial pelo Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) no Twitter.
O ex-ministro e pré-candidato ex-juiz Sérgio Moro também usou as redes sociais para criticar o conflito na Ucrânia.
"Repudio a guerra e a violação da soberania da Ucrânia. A paz sempre deve prevalecer", afirmou Moro na rede social Twitter.
Já o Presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, não se manifestou sobre os conflitos na Europa envolvendo ações militares perpetradas pela Rússia na Ucrânia.
Numa visita realizada a Moscovo em que se encontrou com Vladimir Putin, no passado dia 16, o Presidente brasileiro chegou a declarar: "Somos solidários à Rússia. Temos muito a colaborar em várias áreas. Defesa, petróleo e gás, agricultura e as reuniões estão acontecendo".
O Presidente brasileiro não falou hoje sobre o conflito na Ucrânia envolvendo a ação militar da Rússia num encontro com apoiantes na frente do Palácio da Alvorada e limitou-se a comentar sobre resultados de jogos de futebol.
A Rússia lançou hoje de madrugada uma ofensiva militar em território da Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que as autoridades ucranianas dizem ter provocado dezenas de mortos nas primeiras horas.
O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que o ataque responde a um "pedido de ajuda das autoridades das repúblicas de Donetsk e Lugansk", no leste da Ucrânia, cuja independência reconheceu na segunda-feira, e visa a "desmilitarização e desnazificação" do país vizinho.
O ataque foi de imediato condenado pela generalidade da comunidade internacional e motivou reuniões de emergência de vários governos, incluindo o português, e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), União Europeia (UE) e Conselho de Segurança da ONU.
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