A jornalista Clarissa Ward, da CNN, está em Kharkiv, na Ucrânia, de onde nos reporta a história de pessoas que tentam escapar vivos à guerra que se instalou esta madrugada no país.
A jornalista esteve à conversa com uma mãe que se abrigou no interior de uma estação de metro subterrânea com os seus dois filhos.
A mulher conta que acordou pelas 5h da madrugada com o barulho das primeiras explosões. Abrigou-se, entretanto, com os filhos, tendo na sua posse apenas água e alguns aperitivos.
"Tentamos ser fortes, porque temos filhos e não queremos que eles percebam que estamos assustados", conta esta mãe, que admite que nunca pensou ver-se nesta situação.
A mulher acrescenta ainda que tenciona permanecer neste local durante a noite, acreditando que aqui pode estra mais segura.
O presidente russo, Vladimir Putin, lançou hoje uma operação de invasão da Ucrânia, com ataques aéreos e entrada de forças terrestres em direção à capital do país, Kiev, provocando dezenas de mortes nas primeiras horas, segundo as autoridades ucranianas.
Desde o amanhecer, uma série de explosões foi ouvida em Kiev, em Kramatorsk, cidade do leste que serve de quartel-general ao exército ucraniano, em Kharkiv (este), segunda cidade do país, Odessa (sul), no mar negro, e em Marioupol, principal porto do leste do país.
O ataque visa eliminar os "nazis" que, segundo Moscovo, estão a atuar na Ucrânia. Peskov escusou-se a responder se Moscovo considera o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, um "nazi".
O Presidente Zelensky proclamou a lei marcial no país, apelando aos cidadãos para "não entrarem em pânico", antes de anunciar a rutura das relações diplomáticas com Moscovo.
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