Rússia promete resposta severa a sanções da UE

A Rússia prometeu hoje uma resposta severa às sanções europeias que venham a ser tomadas, garantindo que "não impedirão" a assistência de Moscovo aos separatistas na guerra contra a Ucrânia.

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Lusa
24/02/2022 16:31 ‧ 24/02/2022 por Lusa

Mundo

Guerra na Ucrânia

"De acordo com o princípio da reciprocidade, que é a base do direito internacional, tomaremos medidas severas de retaliação", disse o Ministério dos Negócios Estrangeiros russo, num comunicado.

"As medidas hostis da União Europeia (UE) contra a Rússia (...) não podem impedir o desenvolvimento gradual" dos laços entre Moscovo e os separatistas na Ucrânia, bem como a "prestação de assistência a estes últimos", acrescentou a nota da diplomacia russa.

Os países ocidentais preparam-se hoje para aplicar graves sanções económicas contra a Rússia, visando em particular o seu acesso aos mercados financeiros e comerciais europeu e norte-americano.

A UE já introduziu um pacote de medidas de restrições das capacidades de financiamento do Estado russo, incluindo o seu Governo e o seu Banco Central.

Berlim, por sua vez, suspendeu esta semana a certificação do novo gasoduto estratégico que liga a Rússia à Alemanha, contornando a Ucrânia, Nord Stream II.

A Rússia lançou hoje de madrugada uma ofensiva militar em território da Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que as autoridades ucranianas dizem ter provocado dezenas de mortos nas primeiras horas.

O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que o ataque responde a um "pedido de ajuda das autoridades das repúblicas de Donetsk e Lugansk", no leste da Ucrânia, cuja independência reconheceu na segunda-feira, e visa a "desmilitarização e desnazificação" do país vizinho.

O ataque foi de imediato condenado pela generalidade da comunidade internacional e motivou reuniões de emergência de vários governos, incluindo o português, e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), União Europeia (UE) e Conselho de Segurança da ONU.

Leia Também: Rússia de Putin invadiu a Ucrânia e já há dezenas de mortes

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