Ucrânia. Canadá anuncia sanções para 58 pessoas e entidades russas
O Canadá vai sancionar "58 pessoas e entidades russas" em resposta à invasão russa da Ucrânia, anunciou quinta-feira o primeiro-ministro canadiano, Justin Trudeau, mencionando "sanções severas".
© Reuters
Mundo Ucrânia
As sanções têm como alvos "membros da elite russa", "grandes bancos russos" e "membros do Conselho de Segurança da Rússia", especificou o governante.
O país da América do Norte sancionará também os ministros russos da Defesa, Finanças e Justiça, bem como o Grupo Wagner, organização paramilitar próxima do Presidente da Rússia, Vladimir Putin.
"Estamos a suspender todas as licenças de exportação para a Rússia", acrescentou, dizendo que a invasão russa da Ucrânia representa uma "grande ameaça [à] segurança e paz no mundo".
Justin Trudeau disse que conversou com o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, tendo ainda participado numa reunião com líderes do G7 e da NATO.
Estas sanções agora anunciadas, em resposta ao "ataque militar irresponsável e perigoso da Rússia", somam-se ao primeiro "conjunto" imposto por Otava na terça-feira: proibição de transações com territórios separatistas pró-russos, sanções contra parlamentares e bancos russo e a interdição de canadianos comprarem dívida russa.
"Sanções adicionais" também foram impostas aos bancos apoiados pelo Kremlin. O Canadá "vai proibir todas as transações financeiras com eles [bancos].
Na noite de quarta para quinta-feira, o Canadá -- que tem a segunda maior diáspora ucraniana do mundo -- havia alertado que os "atos revoltantes" da Rússia "não ficariam impunes".
A Rússia lançou hoje de madrugada uma ofensiva militar em território da Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que as autoridades ucranianas dizem ter provocado dezenas de mortos nas primeiras horas.
O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que o ataque responde a um "pedido de ajuda das autoridades das repúblicas de Donetsk e Lugansk", no leste da Ucrânia, cuja independência reconheceu na segunda-feira, e visa a "desmilitarização e desnazificação" do país vizinho.
O ataque foi de imediato condenado pela generalidade da comunidade internacional e motivou reuniões de emergência de vários governos, incluindo o português, e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), União Europeia (UE) e Conselho de Segurança da ONU.
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