Ucrânia. Jimmy Carter diz que invasão russa "ameaça" Europa e mundo

O antigo Presidente dos Estados Unidos Jimmy Carter disse que a invasão russa da Ucrânia viola a lei internacional e "ameaça a segurança" da Europa e do mundo.

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Lusa
25/02/2022 07:41 ‧ 25/02/2022 por Lusa

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"O ataque não provocado da Rússia contra a Ucrânia, com armas cibernéticas e militares, viola a lei internacional e os direitos humanos fundamentais do povo ucraniano", sublinhou Carter, numa declaração publicada na rede social Twitter.

"Condeno este ataque injusto à soberania da Ucrânia que ameaça a segurança na Europa e em todo o mundo e peço ao Presidente [da Rússia, Vladimir] Putin para terminar todas as operações militares e restaurar a paz", indicou Carter, juntando-se a outros antigos Presidentes norte-americanos na condenação do ataque do Kremlin contra o país vizinho.

Os Estados Unidos e os aliados "devem ficar ao lado do povo da Ucrânia e apoiar o direito à paz, à segurança e à autodeterminação", considerou.

Também os antigos Presidentes norte-americanos Barack Obama, George W. Bush e Bill Clinton condenaram, na quinta-feira, a invasão.

"O Governo e o povo norte-americanos tem que se manter solidários com a Ucrânia e a população, que procura a liberdade e o direito a escolher um futuro próprio. Não podemos tolerar a agressão autoritária e o perigo que Putin representa", indicou Bush, numa declaração.

Obama pediu apoio bipartidário às sanções do atual Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e afirmou: "podem resultar algumas consequências económicas das sanções, dado o papel da Rússia nos mercados mundiais de energia. Mas esse deve o preço que estamos dispostos a pagar pela nossa posição ao lado da liberdade".

Para Bill Clinton, "o mundo vai responsabilizar, económica e politicamente, a Rússia e só a Rússia por esta violação descarada da lei internacional".

Na quarta-feira, o ex-Presidente norte-americano Donald Trump afirmou que a operação militar russa na Ucrânia era "uma coisa muito triste para o mundo" e durante a sua administração, defendeu numa entrevista à cadeia de televisão Fox, não teria acontecido. Um dia antes, durante um programa de rádio, Trump tinha elogiado o desmembramento da independente, da democrática e da soberana Ucrânia, decidido por Putin, considerando tratar-se de um "ato genial".

A Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar em território da Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já provocou pelo menos meia centena de mortos, 10 dos quais civis, em território ucraniano, segundo Kiev.

O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a "operação militar especial" na Ucrânia visa "desmilitarizar e 'desnazificar'" o seu vizinho e que era a única maneira de o país se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário, dependendo dos seus "resultados" e "relevância".

O ataque foi de imediato condenado pela generalidade da comunidade internacional e motivou reuniões de emergência de vários governos, incluindo o português, e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), União Europeia (UE) e Conselho de Segurança da ONU.

Leia Também: Austrália prepara sanções à Bielorrússia devido ao apoio à invasão russa

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