"Estamos a trabalhar com os Estados Unidos para coordenar novas sanções contra os principais indivíduos e entidades bielorrussas cúmplices da agressão [da Rússia à Ucrânia]. Estamos, portanto, a expandir essas sanções contra a Bielorrússia", disse Morrison.
As sanções fazem parte de uma série de medidas aplicadas pelo executivo de Canberra -- tal como os Estados Unidos, Reino Unido, UE e outras nações aliadas -- em resposta à invasão da Ucrânia por ordem do presidente russo, Vladimir Putin.
Segundo as autoridades ucranianas, alguns ataques aéreos foram lançados a partir do território bielorrusso.
A Ucrânia alega ainda que alguns tanques e tropas russas, que realizaram recentemente manobras militares em conjunto com o exército bielorrusso, atravessaram a fronteira da Bielorrússia para invadir o país.
A Austrália proibiu a entrada no país de altos funcionários russos, oligarcas com ligações a Putin, mais de 300 membros da Duma, o parlamento russo, e emitiu sanções contra vários bancos daquele país.
O país oceânico também anunciou nesta sexta-feira que enviará ajuda militar e suprimentos médicos "não letais", além de prestar assistência financeira, à Ucrânia.
O governo da Austrália, um aliado histórico dos EUA, afirmou repetidamente que não tem intenção de enviar tropas para a Europa, porque precisa manter a segurança na região do Indo-Pacífico.
O presidente da Bielorrússia, Alexander Lukashenko, país aliado da Rússia, disse na quinta-feira que o seu exército não vai participar da invasão da Ucrânia.
Na semana passada, uma fonte da UE disse à agência de notícias EFE que o bloco ia considerar impor sanções à Bielorrússia, a par da Rússia, caso as tropas russas posicionadas em território bielorrusso participassem numa invasão à Ucrânia.
A Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar em território da Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já provocou pelo menos meia centena de mortos, 10 dos quais civis, em território ucraniano, segundo Kiev.
Putin disse que a "operação militar especial" na Ucrânia visa "desmilitarizar e desnazificar" o seu vizinho e que era a única maneira de o país se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário, dependendo dos seus "resultados" e "relevância".
O ataque foi de imediato condenado pela generalidade da comunidade internacional e motivou reuniões de emergência de vários governos, incluindo o português, e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), UE e Conselho de Segurança da ONU.
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