Sanções da UE visam Conselho de Segurança da Rússia e corte a depósitos

As novas sanções da União Europeia (UE) à Rússia após a invasão da Ucrânia abrangem membros do Conselho de Segurança Nacional russo e corte a depósitos acima de 100 mil euros em bancos europeus, visando a elite russa.

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Lusa
25/02/2022 10:17 ‧ 25/02/2022 por Lusa

Mundo

Ucrânia

Em causa está a nova lista aprovada pelos chefes de Governo e de Estado da UE de madrugada, em cimeira europeia extraordinária em Bruxelas, que será esta manhã debatida pelos embaixadores dos Estados-membros junto da UE e, à tarde, no Conselho de Negócios Estrangeiros extraordinário, com sanções para os setores financeiro, energético, dos transportes, exportações e de política de vistos.

Fontes europeias indicaram à agência Lusa que este segundo pacote de sanções, que se segue a um primeiro com novas medidas restritivas aprovado formalmente na quarta-feira, abrange "seis áreas adicionais" e novos indivíduos.

Incluídos passam, então, a estar russos e bielorrussos que "minam a integridade territorial da Ucrânia ou que beneficiam da agressão atual", entre os quais membros do Conselho de Segurança Nacional russo e militares, responsáveis do Ministério da Defesa bielorrusso, do Conselho de Segurança Nacional bielorrusso e dos serviços de guarda de fronteiras por terem "facilitado a invasão da Ucrânia".

Acrescem os membros do parlamento russo, cerca de 350, que já constavam do primeiro pacote de sanções.

No que toca ao setor financeiro, a UE irá "tomar medidas adicionais" sobre "interações financeiras com bancos russos para além das instituições atualmente proibidas", o "financiamento de empresas estatais russas" e "fluxos financeiros e investimentos da Rússia para a UE", elencaram as mesmas fontes europeias à Lusa.

Apontando que "este pacote de medidas assenta e alarga as atuais sanções da UE no domínio financeiro", as mesmas fontes europeias especificam estar em causa a proibição de empréstimo e compra de títulos de novos bancos (privados), de nova cotação das ações das empresas estatais russas nas bolsas europeias e de acesso a empréstimos, assim como da aceitação de novos depósitos de cidadãos russos e residentes em bancos do espaço comunitário, abrangendo depósitos superiores a 100 mil euros, "tendo assim um claro impacto sobre a elite russa".

Criada é também uma barreira ao investimento em títulos da UE, com uma proibição de depositários em centrais de valores mobiliários.

Ao nível energético, haverá uma "proibição de exportação de tecnologias de refinação específicas da UE para a Rússia", enquanto, no que toca ao setor dos transportes, haverá "proibição de exportação de aeronaves, espaço, peças sobressalentes, tecnologia e serviços relacionados".

"Outras restrições de exportação para bens de dupla utilização e para artigos adicionais de tecnologia avançada", adiantaram as mesmas fontes à Lusa.

Além disso, "a União deve suspender as viagens sem visto para os titulares de passaportes diplomáticos russos, bem como os acordos de facilitação de vistos para os titulares de passaportes de serviço", mediante uma proposta que será apresentada pela Comissão Europeia, concluíram.

A Rússia lançou na madrugada de quinta-feira uma ofensiva militar em território da Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, ataque que foi de imediato condenado pela comunidade internacional.

Leia Também: AO MINUTO: Forças russas já estão em Kiev, a poucos quilómetros do centro

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