"Esta manhã, falei com o corajoso Presidente Volodymyr Zelensky enquanto ele continua a liderar o seu país face à invasão russa. Neste momento difícil, assegurei-lhe a nossa solidariedade e apoio", escreveu Ursula von der Leyen, numa publicação na rede social Twitter.
Também reagindo através das redes sociais, numa altura em que o combate entre forças russas e ucranianas está a intensificar-se hoje perto da capital da Ucrânia, Charles Michel indicou ter falado com Volodymyr Zelensky quando Kiev "está sob ataque contínuo das forças russas".
"Apelo ao Kremlin [Presidência russa] para acabar imediatamente com a violência", exortou o presidente do Conselho Europeu, sublinhando a "necessidade de mobilizar imediatamente a comunidade global para proteger o direito internacional".
As forças russas aproximaram-se hoje de Kiev e foram ouvidos tiros no centro da capital ucraniana, noticiou a agência norte-americana Associated Press.
O exército ucraniano admitiu que as tropas russas se estão a aproximar de Kiev de nordeste e de leste, segundo a agência France-Presse.
"Tendo sido empurrado para trás pelos defensores de Cherniguiv, o inimigo procura contornar a cidade para atacar a capital", disse o comando das tropas ucranianas na rede social Facebook.
Um conselheiro do Presidente da Ucrânia disse hoje que Volodymyr Zelensky vai continuar na capital para "demonstrar a resiliência do povo ucraniano", segundo a agência russa TASS.
A Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já provocaram pelo menos mais de 120 mortos, incluindo civis, e centenas de feridos, em território ucraniano, segundo Kiev. A ONU deu conta de 100.000 deslocados no primeiro dia de combates.
O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a "operação militar especial" na Ucrânia visa "desmilitarizar e desnazificar" o seu vizinho e que era a única maneira de o país se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário, dependendo de seus "resultados" e "relevância".
O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e motivou reuniões de emergência de vários governos, incluindo o português, e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), União Europeia (UE) e Conselho de Segurança da ONU, tendo sido aprovadas sanções em massa contra a Rússia.
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