Esta decisão exclui o Tribunal Europeu dos Direitos do Homem (CEDH, na sigla em francês), o braço judicial do Conselho da Europa, que continuará a dar proteção aos cidadãos russos, anunciou a organização internacional em comunicado.
A decisão hoje adotada pelo Comité de Ministros significa que os pedidos apresentados contra a Federação Russa continuarão a ser analisados e decididos pelo Tribunal.
A suspensão do direito de representação no Comité de Ministros e na Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa "não é uma medida final, mas temporária, deixando os canais de comunicação abertos", refere ainda a organização no comunicado disponível da sua página na Internet.
A Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já provocaram pelo menos 120 mortos, incluindo civis, e centenas de feridos, em território ucraniano, segundo Kiev. A ONU deu conta de 100.000 deslocados no primeiro dia de combates.
O Presidente russo disse que a "operação militar especial" na Ucrânia visa "desmilitarizar e desnazificar" o seu vizinho e que era a única maneira de o país se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário, dependendo dos "resultados" e "relevância".
O ataque foi condenado pela comunidade internacional e motivou reuniões de emergência de vários Governos, incluindo o português, e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), União Europeia (UE) e Conselho de Segurança da ONU, tendo sido aprovadas sanções sem precedentes contra a Rússia.