Em declarações a um grupo de jornalistas, a fonte citada pela agência espanhola EFE indicou que Washington descobriu que Moscovo está a criar uma campanha de desinformação com a qual quer dar a impressão de que os soldados ucranianos estão a render-se em massa face ao avanço das tropas russas.
O Kremlin também planeia ameaçar os militares ucranianos com a morte dos seus entes queridos se estes não se renderem, relatou o alto funcionário.
Numa tentativa de combater essa suposta estratégia russa, o funcionário assegurou que os soldados ucranianos mostraram uma "bravura incrível" no primeiro dia de combate, derrubando aviões russos e alvejando tanques enquanto conseguiam manter as suas posições.
Após meses de tensões, a Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já provocaram pelo menos mais de 120 mortos, incluindo civis, e centenas de feridos, em território ucraniano, segundo Kiev. A ONU deu conta de 100.000 deslocados no primeiro dia de combates.
O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a "operação militar especial" na Ucrânia visa "desmilitarizar e desnazificar" o seu vizinho e que era a única maneira de o país se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário, dependendo de seus "resultados" e "relevância".
O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e motivou reuniões de emergência de vários governos, incluindo o português, e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), União Europeia (UE) e Conselho de Segurança da ONU, tendo sido aprovadas sanções em massa contra a Rússia.
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