O Tesouro britânico divulgou que adicionou as duas figuras russas, à sua lista de entidades e indivíduos alvo de sanções, devido ao papel de "destabilizar a Ucrânia" ou "ameaçar a sua integridade territorial".
O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, informou hoje os seus aliados, durante uma reunião de emergência da NATO, que tinha planos "iminentes" para sancionar o chefe de Estado russo e o responsável pela diplomacia.
Estas sanções surgem na sequência de uma série de medidas aplicadas esta semana a oligarcas e bancos russos, entre outras entidades.
Putin e Lavrov têm agora os seus ativos congelados em solo britânico.
Boris Johnson descreveu, perante os aliados da NATO, a ofensiva russa na Ucrânia como um "desastre" e considerou que Vladimir Putin está a desenvolver uma "missão de vingança para derrubar a ordem pós-Guerra Fria".
O líder do governo britânico também exortou os aliados da Aliança Atlântica a "agirem imediatamente" para excluir a Rússia do sistema bancário Swift, de forma a "infligir o máximo de dor" ao Kremlin, revelou Downing Street.
Johnson transmitiu que o Reino Unido está pronto, se necessário, para aumentar o seu apoio militar no quadro da NATO, após alertar os aliados que as ambições de Putin "podem não parar por aqui", acrescentou o gabinete do primeiro-ministro britânico.
O Reino Unido, além de sancionar cinco bancos e três oligarcas na terça-feira, impôs na quinta-feira um novo pacote de sanções contra a Rússia, proibindo a companhia aérea Aeroflot de operar em solo britânico e visando ainda o setor bancário, exportações de tecnologias e cinco empresários.
A Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já provocaram pelo menos mais de 120 mortos, incluindo civis, e centenas de feridos, em território ucraniano, segundo Kiev. A ONU deu conta de 100.000 deslocados no primeiro dia de combates.
O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a "operação militar especial" na Ucrânia visa "desmilitarizar e desnazificar" o seu vizinho e que era a única maneira de o país se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário, dependendo de seus "resultados" e "relevância".
O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e motivou reuniões de emergência de vários governos, incluindo o português, e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), União Europeia (UE) e Conselho de Segurança da ONU, tendo sido aprovadas sanções em massa contra a Rússia.
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