Milhares de ucranianos atravessam a fronteira e entram na Roménia

Cerca de 20 mil pessoas entraram na Roménia, vindas da Ucrânia, desde que na quinta-feira o exército russo lançou uma ofensiva militar contra o regime de Kiev, informaram hoje as autoridades romenas.

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Lusa
26/02/2022 09:24 ‧ 26/02/2022 por Lusa

Mundo

Ucrânia

De acordo com informações avançadas pela agência Efe, a passagem de fronteira mais movimentada é a que liga o 'oblast' [província] ucraniano de Chernivtsi, no sudoeste do país, com a província romena de Suceava.

"Há uma fila de até 35 quilómetros do outro lado da fronteira", referiu Alin Duca, assistente social da cidade fronteiriça de Siret, no lado romeno, adiantado que as forças policiais ucranianas estão a deixar passar, espaçadamente, carros e autocarros, apenas permitindo que grupos de cinco a dez pessoas passem a cada meia hora.

Perante este compasso de espera e a lentidão no avanço da fila, muitos optam por sair dos carros e autocarros e caminhar quilómetros para atravessar a pé.

Alin Duca, que passou a noite junto à fronteira, oferecendo água, chá e comida aos refugiados que iam chegando, disse à Efe que "80% são mulheres e crianças".

Uma parte dos refugiados são membros da minoria romena na Ucrânia e têm familiares ou amigos no país de acolhimento. É este o caso de Suzanna, uma estudante de economia de 20 anos de idade, da cidade de Chernivtsi, onde as tropas russas ainda não chegaram.

Suzanna chegou à fronteira com o irmão mais novo e dois primos, transportados pelo carro da tia que se despede deles no lado romeno da fronteira e regressa a Chernivtsi.

A Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já provocaram pelo menos mais de 120 mortos, incluindo civis, e centenas de feridos, em território ucraniano, segundo Kiev. A ONU deu conta de 100.000 deslocados no primeiro dia de combates.

O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a "operação militar especial" na Ucrânia visa "desmilitarizar e 'desnazificar'" o seu vizinho e que era a única maneira de o país se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário, dependendo de seus "resultados" e "relevância".

O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e motivou reuniões de emergência de vários governos, incluindo o português, e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), UE e Conselho de Segurança da ONU, tendo sido aprovadas sanções em massa contra a Rússia.

Leia Também: Conflito leva Standard & Poor's a descer rating da Rússia e da Ucrânia

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