Alexandre Pinto é um português que vive na Ucrânia e que, de momento, se encontra na cidade de Poltava, no centro do país. Em declarações à SIC Notícias, na manhã deste sábado, afirmou que a situação "está calma" naquele local. "Não houve mísseis a cair em Poltava, apesar de as pessoas estarem bastante receosas".
O estado de espírito das pessoas "é bastante nervoso", salientou Alexandre Pinto. "Nós aqui temos informações muito mais ao momento que não aparecem assim tanto nas redes sociais. Posso dizer, por exemplo, que desde ontem andam a informar: 'Não apanhem nada do chão', porque aqui numa cidade perto, no distrito ao lado do nosso, passaram aviões que lançaram brinquedos, telemóveis e produtos de valor com explosivos lá dentro", afirmou.
Deste modo, concluiu, "não estamos a ter uma guerra que seja minimamente ética". "Isto é uma situação desastrosa e muito difícil de controlar. Não acredito que haja mísseis que estão a acertar em prédios com pessoas por engano", relatou Alexandre Pinto.
O português, que se encontra a cerca de 100 quilómetros de uma central nuclear ucraniana, disse ainda em declarações ao mesmo canal que, "se alguma coisa lá toca [na central], ninguém ganha".
Recorde-se que o Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a "operação militar especial" na Ucrânia visa desmilitarizar o país vizinho e que era a única maneira de o país se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário.
O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e motivou reuniões de emergência de vários governos, incluindo o português, e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), UE e Conselho de Segurança da ONU, tendo sido aprovadas sanções em massa contra a Rússia.
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