Vladimir Putin terá ordenado que as tropas russas parassem a invasão à Ucrânia, afirma o Kremlin. O pedido terá sido feito na sexta-feira, mas ainda assim, os militares continuaram a avançar rumo a Kiev.
A informação está a ser avançada pela Sky News que refere que se crê que as tropas russas estarão a cerca de 30 quilómetros do centro de Kiev. Um ministro ucraniano refere, contudo, que poderão estar mais próximos que isso.
O porta-voz presidencial russo, Dmitry Peskov, disse que "ontem [sexta-feira], na expectativa de negociações, o presidente russo ordenou uma paragem no avanço das principais forças de Moscovo".
"Uma vez que o lado ucraniano recusou as negociações, o avanço das forças russas foi retomado hoje", acrescentou.
A Rússia declarou na sexta-feira ter proposto conversações em Minsk, a capital da Bielorrússia, um aliado da Rússia e a partir da qual Moscovo lançou a sua ofensiva em Kiev.
Algumas horas mais tarde, Vladimir Putin apelou ao exército ucraniano para encenar um golpe e descreveu o seu homólogo ucraniano Volodymyr Zelensky e a sua comitiva como "um grupo de toxicodependentes e neonazis".
Washington disse que a abertura russa não podia ser considerada credível.
Questionado sobre o número crescente de sanções, Dmitry Peskov disse que estas eram "previsíveis" e assegurou que "estão a ser tomadas medidas para minimizar o seu efeito em todos os sectores da economia". "Então teremos de desenvolver medidas de retaliação", concluiu.
A Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já provocaram pelo menos 198 mortos, incluindo civis, e mais de 1.100 feridos, em território ucraniano, segundo Kiev. A ONU deu conta de 120.000 deslocados desde o primeiro dia de combates.
O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a "operação militar especial" na Ucrânia visa desmilitarizar o país vizinho e que era a única maneira de o país se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário.
O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e motivou reuniões de emergência de vários governos, incluindo o português, e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), UE e Conselho de Segurança da ONU, tendo sido aprovadas sanções em massa contra a Rússia.
[Notícia atualizada às 13h54]
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