O chefe da diplomacia dos EUA, Antony Blinken, falou diretamente ao povo russo através da rede social Twitter dizendo-lhe que "não merecia" uma guerra travada contra os seus "vizinhos" ucranianos e assegurando que ninguém estava a tentar "pôr em risco" a sua segurança.
A mensagem, publicada em russo e inglês no terceiro dia da invasão da Ucrânia, tem a correr num pequeno vídeo, com o selo do Departamento de Estado, um texto curto, sobre fundo cinzento e branco, que diz: "Para o povo russo: vocês merecem viver em segurança e dignidade, como todos os outros, em todo o lado".
"Ninguém está a tentar pôr isto em risco. Vocês não merecem uma guerra vã com os vossos vizinhos, amigos e famílias na Ucrânia", acrescenta o texto.
"O povo ucraniano merece viver em paz, tal como o povo russo", conclui.
O pequeno vídeo também foi partilhado pelo porta-voz do Departamento de Estado, Ned Price, que acrescentou: "uma mensagem para o povo russo: não vos responsabilizamos pelas ações do vosso governo".
Depois de um aparente refrear dos combates, hoje, o Ministério da Defesa russo deu ordens a "todas as unidades para expandirem a ofensiva em todas as direções".
Horas antes, um alto funcionário do Pentágono deu conta de que a Rússia havia comprometido "mais de 50%" da força que juntou nas fronteiras da Ucrânia na ofensiva lançada desde quinta-feira e que parecia "cada vez mais frustrada" pela firme resistência do exército ucraniano, sobretudo no norte.
"Continuamos a ver sinais de uma resistência ucraniana viável", indicou o alto funcionário do Pentágono, acrescentando que "os russos estão cada vez mais frustrados (...) com uma resistência ucraniana muito determinada que os abrandou", e "maior do que previam".
A Rússia invadiu a Ucrânia através da Bielorrússia ao norte, da Crimeia, território ucraniano que anexou em 2014, ao sul, e através do seu próprio território a nordeste e leste.
As autoridades ucranianas disseram hoje que pelo menos 198 pessoas tinham sido mortas, incluindo civis, desde o início da invasão russa.
O ataque russo tem sido amplamente condenado em todo o mundo e os países ocidentais aprovaram sanções económicas para punir o regime de Moscovo.
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