"A Itália vai fechar o seu espaço aéreo à Rússia", anunciou um porta-voz do governo italiano, sem especificar o momento a partir do qual esta medida entra em vigor.
O anúncio do Governo italiano junta-se aos de outros países que tomaram a mesma decisão, entre eles a Alemanha, Bélgica e Luxemburgo que também anunciaram hoje o encerramento do respetivo espaço aéreo aos aviões russos, em reação à ofensiva militar da Rússia na Ucrânia.
Em comunicado, o Ministério dos Transportes alemão precisou ter decretado "a proibição de voos para aeronaves russas e operadores de aeronaves, no espaço aéreo alemão" a partir das 14:00 GMT (hora de Lisboa).
Berlim esclareceu que esta proibição é válida por três meses e que não se aplica a voos humanitários.
Além destes países, também a Polónia, República Checa, Estónia, Bulgária, Finlândia, Moldávia, Dinamarca e Reino Unido anunciaram já medidas semelhantes.
França, por seu lado, continua a estudar a hipótese de fechar o seu espaço aéreo, segundo indica a agência France-Presse, citando o ministro dos Negócios Estrangeiros francês, Jean-Baptiste Djebbari.
O governo italiano, através do ministro dos Negócios Estrangeiros, Luigi Di Maio [na imagem acima], anunciou também hoje a concessão de uma ajuda de 110 milhões de euros à Ucrânia, considerando tratar-se de "um sinal concreto de solidariedade e apoio".
"Informei o meu colega Dmytro Kuleba que acabei de assinar uma resolução que prevê o pagamento imediato de 110 milhões de euros ao Governo de Kiev, um sinal concreto de solidariedade e apoio de Itália um povo com o qual mantemos uma relação fraterna", escreveu Luigi Di Maio na sua conta no Twitter.
A Rússia invadiu a Ucrânia na quinta-feira, através da Bielorrússia ao norte, da Crimeia, território ucraniano que anexou em 2014, ao sul, e do território russo a nordeste e a leste.
As autoridades ucranianas contabilizaram já a morte de pelo menos 198 pessoas, incluindo civis, desde o início da invasão russa.
O ataque russo tem sido amplamente condenado em todo o mundo e vários países, com destaque para os ocidentais, aprovaram sanções económicas para punir o regime de Moscovo.
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