França vai fechar espaço aéreo a aviões russos
A França vai fechar o seu espaço aéreo "aos aviões e companhias aéreas russas", anunciou hoje o ministro dos Transportes na sua conta na rede social Twitter.
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Mundo Ucrânia
A França está a seguir os passos de muitos outros países europeus que tomaram medidas semelhantes em retaliação à invasão russa da Ucrânia, contra a qual "a unidade da Europa é total", salientou o ministro Jean-Baptiste Djebbari.
Até ao momento não foram acrescentados mais pormenores sobre quando ou por quanto tempo a França irá encerrar o seu espaço aéreo a aeronaves russas.
Entretanto, a Air France anunciou que vai suspender de forma temporária o "voos de e para a Rússia" e que não irá perar voos para Moscovo e São Petersburgo até novo aviso "tendo em conta a situação na região".
Um porta-voz da companhia acrescentou que a Air France também está a suspender voos de e para a China, Coreia e Japão, "enquanto investigam opções de planos de voo para evitar o espaço aéreo russo".
Também os Países Baixos e o Luxemburgo vão fechar o espaço aéreo a aviões russos, completando o encerramento do espaço aéreo a aviões russos por parte dos países do Benelux, depois do anúncio feiro pelo primeiro-ministro belga hoje de manhã, na sua conta na rede social Twitter.
O ministro da Mobilidade da Bélgica, Georges Gilkinet escreveu no Twitter que a Europa "deve isolar a Rússia económica e financeiramente, mas também no ar".
"Estamos a coordenar com os nossos colegas europeus sobre esta questão", acrescentou.
Por seu lado, o governo neerlandês argumentou que os Países Baixos "não têm lugar para um regime que aplica violência desnecessária e brutal", enquanto Haia atribuiu 20 milhões em ajuda humanitária às vítimas da guerra.
Numa breve mensagem, o ministro das Infraestruturas neerlandês, Mark Harbers, salientou que os Países Baixos se "preparam para fechar o seu espaço aéreo aos aviões russos esta noite".
A companhia aérea holandesa KLM já cancelou, no sábado à noite, todos os voos de e para a Rússia, o que acontecerá durante pelo menos os próximos sete dias, uma vez que as sanções a impedem de transportar peças sobressalentes e não pode "garantir que os voos possam regressar em segurança", afirmou.
Esta decisão significa que a KLM terá de utilizar rotas alternativas nas rotas em que sobrevoa regularmente o espaço aéreo russo a caminho da China, Coreia do Sul e Japão.
Itália, Alemanha, Bélgica, Luxemburgo, Dinamarca, República da Irlanda, República Checa, Polónia, Alemanha, Bulgária e os Estados Bálticos da Estónia, Letónia e Lituânia, assim como a Finlândia, contam-se entre os países da Europa que já fecharam o espaço aéreo aos aviões russos.
A Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já provocaram cerca de 200 mortos, incluindo civis, e mais de 1.100 feridos, em território ucraniano, segundo Kiev. A Rússia não divulgou dados sobre as suas baixas.
O ataque russo também provocou cerca de 368.000 refugiados que fugiram dos combates na Ucrânia para os países vizinhos, disse a ONU.
A invasão foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, mas a Rússia usou o seu poder de veto no conselho de Segurança da ONU, na sexta-feira, para impedir a aprovação de uma resolução que condenava a sua ação.
Vários países e a UE impuseram sanções económicas a interesses e individualidade russas, incluindo o Presidente, Vladimir Putin, e o seu chefe da diplomacia, Sergei Lavrov.
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