A Rússia admitiu, pela primeira vez desde o início da guerra na Ucrânia, na passada quinta-feira, que houve baixas do lado do seu exército. "Houve mortos e feridos entre os militares russos durante a operação militar especial", afirmou o ministério russo da Defesa, citado pela agência de notícias TASS.
Já o porta-voz, Igor Konashenkov, disse que "os militares russos estão a mostrar coragem ao realizar as suas missões de combate (...). Infelizmente, há mortos e feridos. Mas as nossas perdas são muito menores" do que no campo ucraniano.
No sábado, a Ucrânia afirmou que pelo menos 198 civis foram mortos desde o início da invasão russa. Kiev também disse ter matado vários milhares de soldados russos, uma afirmação não verificável de fonte independente.
A Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já provocaram cerca de 200 mortos, incluindo civis, e mais de 1.100 feridos, em território ucraniano, segundo Kiev. A ONU deu conta de perto de 370 mil deslocados para a Polónia, Hungria, Moldávia e Roménia.
O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a "operação militar especial" na Ucrânia visa desmilitarizar o país vizinho e que era a única maneira de a Rússia se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário.
O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e motivou reuniões de emergência de vários governos, incluindo o português, e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), UE e Conselho de Segurança da ONU, tendo sido aprovadas sanções em massa contra a Rússia.
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