Ministério da Defesa russo diz que civis podem deixar Kiev livremente

O exército russo garantiu hoje que os civis podem deixar livremente e em segurança Kiev, capital da Ucrânia, enquanto acusa as autoridades ucranianas de usá-los como escudo humano.

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© Getty Images

Lusa
28/02/2022 08:01 ‧ 28/02/2022 por Lusa

Mundo

Ucrânia

 

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"Todos os civis na cidade podem deixar a capital ucraniana livremente e em segurança pela rodovia Kiev-Vassylkiv", a sudoeste da capital, disse à televisão o porta-voz do Ministério da Defesa russo, Igor Konashenkov, ao quinto dia da invasão do país por Moscovo.

A declaração surgiu no momento em que ocorreram combates em várias zonas da capital ucraniana, com as autoridades ucranianas a dizer que estavam a lutar contra pequenos grupos de forças russas em vários setores da capital.

Apesar das alegações militares russas de que não visava áreas povoadas, edifícios residenciais, hospitais e escolas foram atingidos em toda a Ucrânia.

Konashenkov também anunciou novas conquistas, dizendo que as tropas russas assumiram o controlo da área ao redor da unidade nuclear de Zaporizhzhia, no sul, observando que os níveis de radiação na área permanecem normais.

A Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já mataram pelo menos 352 civis, incluindo crianças, segundo Kiev. A ONU deu conta de perto de 370 mil deslocados para a Polónia, Hungria, Moldávia e Roménia.

O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a "operação militar especial" na Ucrânia visa desmilitarizar o país vizinho e que era a única maneira de a Rússia se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário.

O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e a União Europeia e os Estados Unidos, entre outros, responderam com o envio de armas e munições para a Ucrânia e o reforço de sanções para isolar ainda mais Moscovo.

AS duas partes deverão reunir-se hoje na fronteira com a Bielorrússia para negociações.

Leia Também: Norueguesa Equinor vai deixar de investir na Rússia

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