Zelensky apela à exclusão da Rússia do Conselho de Segurança da ONU
Na perspetiva do presidente da Ucrânia, "comprar bens russos" equipara-se, neste momento, a "pagar para matar pessoas".
© Reuters
Mundo Rússia/Ucrânia
Volodymyr Zelensky apelou, esta segunda-feira, à expulsão da Rússia enquanto membro do Conselho de Segurança da ONU. Em declarações proferidas num vídeo publicado no Facebook, o presidente da Ucrânia disse que um Estado que cometeu crimes de guerra "não deveria ser um membro permanente do Conselho de Segurança da ONU".
Na sua argumentação, Zelensky vai ainda mais longe, dizendo que um país que tenha cometido tais ações não "pode ter acesso a todos os portos, canais, aeroportos do mundo". O governante disse ainda que estava na altura de se considerar a criação de uma zona de interdição de voo para mísseis, aviões e helicópteros russos, deixando assim um apelo ao mundo para que restrinja a capacidade de ação dos invasores.
Na perspetiva do presidente da Ucrânia, "comprar bens russos" equipara-se, neste momento, a "pagar para matar pessoas". Assim, o chefe de Estado apela aos países de todo o mundo para deixarem de adquirir, também, os bens energéticos vendidos pelos russos.
Isto porque, para o presidente da Ucrânia, a Rússia trata-se, neste momento, do "demónio armado com mísseis, bombas e artilharia". E, por isso, "deve ser imediatamente parado" e "destruído economicamente".
Falando sobre o clima em que decorreram as negociações, na Bielorrúsia, entre russos e ucranianos, Zelensky destaca que as conversações aconteceram enquanto o território ucraniano estava a ser "bombardeado" e "destruído". Uma tática que, na ótica do chefe de Estado ucraniano, é inaceitável e, também, sinal de que a "Rússia está a tentar exercer pressão".
Recordando os violentos ataques perpetrados recentemente sobre território ucraniano, nomeadamente os que afetaram, esta segunda-feira, a cidade de Kharkiv, Zelensky acredita que haverá "definitivamente um julgamento internacional para este crime", pelo facto de se tratar de uma "violação de todas as convenções".
"Ninguém no mundo o perdoará por matar o pacífico povo ucraniano", remata o presidente ucraniano, referindo-se ao homólogo russo, Vladimir Putin.
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