Numa altura em que o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, continua a apelar ao apoio do Ocidente para colocar um fim à invasão russa sobre o seu território, aparentemente não poderá contar, pelo menos brevemente, com um apoio norte-americano no terreno.
Segundo a secretária de imprensa da Casa Branca, Jen Psaki, o presidente Joe Biden permanece firme no seu compromisso de manter as tropas americanas fora do conflito, informa a CNN.
"O presidente tem sido muito claro que não tenciona enviar tropas dos Estados Unidos para combater uma guerra com a Rússia. E penso que o que é importante notar aqui é que tal seria essencialmente um passo em direção a isso mesmo, porque uma zona de exclusão aérea exigiria implementação", apontou a representante.
Na sua ótica, o estabelecimento de uma zona de proibição de voo na Ucrânia exigiria "o destacamento de militares norte-americanos para o fazer cumprir, o que seria [...] potencialmente um conflito direto, e potencialmente uma guerra com a Rússia, que é algo do qual não estamos a planear fazer parte", acrescentou Jen Psaki.
Outros funcionários do governo norte-americano também já adiantaram que a imposição, por parte dos Estados Unidos, de uma zona de proibição de voo na Ucrânia está atualmente fora de questão.
À CNN, a embaixadora dos Estados Unidos nas Nações Unidas, Linda Thomas-Greenfield, tinha já anteriormente garantido que a administração Biden "deixou claro" que o país não iria colocar "as botas no chão" ucraniano para ajudar a resolver o conflito.
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