Canadá vai banir todas as importações de petróleo russo

O primeiro-ministro canadiano, Justin Trudeau, anunciou segunda-feira que o Canadá vai banir "toda a importação de petróleo" russo, "uma indústria da qual o presidente Putin e os seus oligarcas se beneficiaram muito".

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Lusa
01/03/2022 06:24 ‧ 01/03/2022 por Lusa

Mundo

Ucrânia

 

Este setor "representa mais de um terço da receita do orçamento federal russo, mesmo que o Canadá tenha importado apenas quantidades muito limitadas nos últimos anos, esta medida envia uma mensagem poderosa", prosseguiu Trudeau durante uma conferência de imprensa.

Em 2019, o Canadá importou 17.870 barris de petróleo russo por dia, ou cerca de 2,6% do total das importações de petróleo do Canadá, um total que caiu para praticamente zero em 2020, segundo o governo canadiano.

Também hoje, o Canadá anunciou um novo envio de armas para a Ucrânia, incluindo armas antitanque que serão entregues "o mais rapidamente possível", disse a ministra das Forças Armadas, Anita Anand.

"Vimos nos últimos dias que Putin cometeu um grande erro", afirmou Justin Trudeau.

"Pensou que seria fácil conquistar a Ucrânia e assumir a sua capital. Pensou que o Ocidente estaria dividido e que tinha previsto todas as sanções que iríamos colocar em prática, ele [Putin] estava errado sobre os dois pontos", acrescentou o primeiro-ministro.

A Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já mataram mais de 350 civis, incluindo crianças, segundo Kiev. A ONU deu conta de mais de 100 mil deslocados e quase 500 mil refugiados na Polónia, Hungria, Moldova e Roménia.

O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a "operação militar especial" na Ucrânia visa desmilitarizar o país vizinho e que era a única maneira de a Rússia se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário.

O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e a União Europeia e os Estados Unidos, entre outros, responderam com o envio de armas e munições para a Ucrânia e o reforço de sanções para isolar ainda mais Moscovo.

Leia Também: Pentágono alerta que Moscovo ainda não mobilizou todas as suas forças

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