Tropas da Bielorrússia juntam-se aos russos na Ucrânia
Informação foi confirmada pelo parlamento ucraniano. Lukashenko nega intervenção.
© Getty
Mundo Ucrânia/Rússia
As tropas da Bielorrússia, país aliado de Vladimir Putin e que acolheu o exército russo antes e durante a invasão na Ucrânia, terão atravessado a fronteira na região de Chernihiv Oblast, a norte de Kyiv para se juntarem aos russos.
A informação foi avançada pelo Kyiv Independent e confirmada pelo parlamento ucraniano, através do Twitter.
A cidade de Chernihiv fica próxima da fronteira entre a Bielorrússia e a Ucrânia e foi uma das 'portas de entrada' para as tropas russas que invadiram o país a partir da Bielorrússia.
‼️На Чернігівщину зайшли білоруські війська. Інформацію Суспільному підтвердив речник регіонального управління сил тероборони «Північ» Віталій Кирилов. Більше деталей згодом.
— Верховна Рада України (@verkhovna_rada) March 1, 2022
O presidente da Bielorrússia, Alexander Lukashenko, é um importante aliado de Vladimir Putin e tem ameaçado juntar-se à guerra desde o início da invasão, mostrando também disponibilidade para acolher armas nucleares.
No domingo, um referendo na Bielorrússia aprovou uma revisão constitucional para acabar com a neutralidade nuclear no país, permitindo assim a entrada de armas nucleares russas no território. A decisão foi considerada por Josep Borrell, chefe da diplomacia europeia, como "muito preocupante".
"Isto é muito perigoso, isto é muito perigoso. Sabemos o que significa a Bielorrússia passar a ser um país nuclear: significa que a Rússia colocará armas nucleares na Bielorrússia, e este é um caminho muito perigoso", avisou Borrell.
Do seu lado, o presidente bielorrusso nega que as tropas do seu país estejam na Ucrânia para combater, mas sim para apoiar logisticamente os russos, diz a agência estatal do país.
O regime ditatorial de Lukashenko é um dos mais repressores e violentos da Europa, impedindo quaisquer demonstrações contra o governo. As eleições de 2020 foram ganhas pelo atual presidente, mas continuam a ser muito contestadas pelos críticos dos regimes e por observadores internacionais, que apontam para a vitória de Sviatlana Tsikhanouskaya.
[Notícia atualizada às 10h55]
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