Kosovo adverte que Rússia também quer destabilizar os Balcãs
A Presidente kosovar, Vjosa Osmani, afirmou hoje, em Ancara, que o objetivo da Rússia não é só a Ucrânia, mas também destabilizar os Balcãs Ocidentais, e defendeu que chegou o momento de o Kosovo entrar na NATO.
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Mundo Ucrânia
Em conferência de imprensa conjunta com o Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, a líder kosovar disse que "chegou a hora de o Kosovo se juntar à NATO", considerando que "o papel da Turquia neste assunto é muito importante".
Sublinhando que o Kosovo atribui importância à integridade territorial da Ucrânia, Osmani assegurou que "é uma situação muito difícil para o continente" e que "os objetivos da Rússia são claros" e "não se dirigem apenas à Ucrânia".
Vjosa Osmani acrescentou que os objetivos da Rússia incluem "criar instabilidade nos Balcãs Ocidentais" e disse esperar "apoio de países como a Turquia para a adesão à NATO".
O Kosovo, uma antiga província sérvia habitada por uma grande maioria de albaneses étnicos, declarou independência unilateral da Sérvia em fevereiro de 2008.
Até agora, mais de uma centena de países reconheceram a soberania do Kosovo, embora a Sérvia, a Rússia e cinco países da União Europeia, incluindo Espanha, não o tenham feito.
O Presidente turco, por sua vez, assegurou que a Turquia apoiará a entrada do Kosovo na NATO, que tem uma missão militar desde 2008 para garantir a segurança no país balcânico.
"Quando se trata de aderir à NATO, como um membro importante da NATO, a Turquia não se opõe. Tomamos medidas para o reconhecimento do Kosovo e reconhecemos o Kosovo como membro da NATO", disse Erdogan.
A Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já mataram mais de 350 civis, incluindo crianças, segundo Kiev. A ONU deu conta de mais de 100 mil deslocados e mais de 660 mil refugiados na Polónia, Hungria, Moldova e Roménia.
O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e a União Europeia e os Estados Unidos, entre outros, responderam com o envio de armas e munições para a Ucrânia e o reforço de sanções para isolar ainda mais Moscovo.
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