Rússia faz balanço de ataques a alvos militares sem referência a baixas
As forças armadas russas anunciaram hoje a destruição de 1.502 instalações militares ucranianas desde o início da "operação especial" na Ucrânia, sem referir baixas do seu lado, que a Ucrânia disse serem quase 6.000.
© Lusa
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A lista de alvos destruídos pelas tropas de Moscovo inclui "51 centros de comando e comunicações das forças armadas ucranianas, 38 sistemas de mísseis terra-ar S-300, Buk M-1 e Osa, e 51 estações de radar", disse o porta-voz do Ministério da Defesa, major-general Igor Konashenkov, citado pela agência estatal TASS.
As tropas russas também destruíram "47 aviões no solo e 11 aeronaves no ar, 472 tanques e outros veículos blindados de combate, 62 sistemas de foguetes de lançamento múltiplo, 206 armas de artilharia de campo e morteiros, 336 veículos motorizados militares especiais e 46 veículos aéreos não tripulados", disse o porta-voz.
O Ministério da Defesa russo "assegurou que as tropas russas não estão a visar cidades ucranianas, limitando-se a atacar e incapacitar cirurgicamente as infraestruturas militares ucranianas", segundo a TASS.
"Não existem quaisquer ameaças para a população civil", acrescentou a agência de notícias estatal.
As informações não podem ser confirmadas por fonte independente, tal como acontece com as informações divulgadas pelas autoridades ucranianas sobre as baixas russas.
As forças armadas da Ucrânia anunciaram hoje que as "perdas dos invasores estão estimadas em 5.840 pessoas", segundo a agência ucraniana Ukrinform.
A agência não especifica se o balanço se refere apenas a mortos ou se inclui feridos e prisioneiros.
Segundo o relatório citado pela Ukrinform, também foram destruídos mais de 200 tanques russos, 862 veículos blindados, 85 sistemas de artilharia, 40 MLRS (sistemas de lançamento múltiplo de foguetes), nove sistemas de defesa aérea, 30 aviões, 31 helicópteros, 355 veículos, duas lanchas ligeiras, 60 tanques de combustível e três 'drones' (aeronaves não tripuladas).
As autoridades de Kiev têm divulgado também um balanço de mortos civis, mais de 350 até terça-feira, mas sem referência a baixas militares.
A Rússia invadiu a Ucrânia na madrugada de 24 de fevereiro, numa ação descrita pelo Presidente Vladimir Putin como uma "operação militar especial" para proteger as pessoas que "têm sofrido abusos e genocídios por parte do regime de Kiev durante oito anos".
Putin disse que a Rússia não tem planos para ocupar territórios ucranianos e que a operação visa "desmilitarizar e desnazificar a Ucrânia", recordou a agência TASS.
A invasão foi criticada pela generalidade da comunidade internacional.
A União Europeia (UE), países como os Estados Unidos, o Reino Unido, o Japão ou a neutral Suíça, bem como federações desportivas impuseram sanções duras à Rússia, que estão a afetar setores como o financeiro, a aviação ou o desporto.
As sanções também visam individualidades russas, como o próprio Putin ou o seu ministro dos Negócios Estrangeiros, Sergei Lavrov.
A ONU deu conta de mais de 100 mil deslocados e de pelo menos 836 mil refugiados na Polónia, Hungria, Moldova e Roménia, desde o início da invasão da Ucrânia.
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