Ucrânia. Aldeias de Crianças SOS criam fundo de emergência
As Aldeias de Crianças SOS, presentes em 137 países, anunciaram hoje a criação de um fundo de emergência para ajudar crianças e famílias vítimas da guerra na Ucrânia.
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Mundo Ucrânia
"As Aldeias de Crianças SOS têm como prioridade proteger o maior número de crianças e famílias, e por isso mesmo, criaram um fundo de emergência para apoiar crianças e famílias vítimas da guerra na Ucrânia", refere em comunicado aquela instituição que acolhe mais de um milhão de crianças.
As Aldeias de Crianças SOS estão presentes na Ucrânia desde 2003 e apoiam mais de duas mil pessoas neste país, estando neste momento a prestar auxílio a mais crianças e famílias.
A instituição dá conta que nos últimos dias já foi possível realocar mais de 60 crianças para a Polónia, onde foram recebidas pela equipa das Aldeias de Crianças SOS do país.
"O mundo atravessa agora um momento muito complicado com a guerra na Ucrânia. Uma situação extremamente difícil e delicada para as crianças e famílias na Ucrânia, mas também para os próprios colaboradores no terreno e para as Aldeias de Crianças SOS dos países vizinhos", refere a instituição, apelando para que sejam tomadas "medidas urgentes para proteger e cuidar de todas as crianças e famílias afetadas.
O secretário-geral das Aldeias de Crianças SOS Portugal, Luís Cardoso de Meneses, refere que, neste momento, na Ucrânia, há mais de 100.000 crianças em instituições que correm perigo.
Segundo a instituição, o fundo de emergência criado pelas Aldeias de Crianças SOS é dedicado ao apoio à deslocação e abrigo, dando às famílias ajuda nos custos de deslocação e alojamento, reagrupamento familiar, apoio de emergência para medicamentos, artigos de higiene e alimentos, apoio psicológico, tanto para as crianças e famílias, bem como para a equipa no terreno, e reforço das equipas.
A Rússia lançou na passada quinta-feira uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já mataram mais de 2.000 civis, incluindo crianças, segundo o mais recente balanço de Kiev, que não precisa o número de baixas militares.
O Presidente russo, Vladimir Putin, justificou a "operação militar especial" na Ucrânia com a necessidade de desmilitarizar o país vizinho, afirmando ser a única maneira de a Rússia se defender e garantindo que a ofensiva durará o tempo necessário.
A ONU deu conta de mais de 100 mil deslocados e de pelo menos 836 mil refugiados na Polónia, Hungria, Moldávia e Roménia, desde o início da invasão da Ucrânia.
O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e a União Europeia e os Estados Unidos, entre outros, responderam com o envio de armas e munições para a Ucrânia e o reforço de sanções para isolar ainda mais Moscovo.
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