Zaporizhia é uma das quatro centrais nucleares ucranianas ativas, e já está controlada pelas forças russas. A Agência Internacional de Energia Atómica está reunida para debater a situação na Ucrânia e apela à segurança das centrais.
Depois de Chernobyl, as forças de Vladimir Putin conquistaram também o território à volta da central nuclear de Zaporizhia, a maior da Europa e uma das maiores do mundo. Detém seis dos 15 reatores de energia nuclear do país.
A Ucrânia tem quatro centrais nucleares ativas. Rivne, Khmelnytsky e South-Ukraine são as restantes.
A informação foi confirmada pelo diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atómica, Rafael Grossi, que referiu ter recebido uma comunicação da missão permanente da Rússia na organização em que os russos diziam controlar o território onde se encontrava a central nuclear.
Update 6: #Russia tells IAEA its military forces have taken control of territory around #Ukraine’s #Zaporizhzhia Nuclear Power Plant, Director General @RafaelMGrossi says. https://t.co/oTChJY2Kkj pic.twitter.com/o5LUNM9y24
— IAEA - International Atomic Energy Agency (@iaeaorg) March 2, 2022
O organismo sediado em Viena garantiu ainda que os russos se comprometiam a "trabalhar para assegurar segurança nuclear e monitorizar a radiação como habitual", acrescentando ainda que "os níveis de radiação permaneciam normais".
Com o avanço das tropas russas, vídeos nas redes sociais mostram a população de Enerdogar a tentar impedir a entrada dos militares de Vladimir Putin na cidade ucraniana.
#Ukraine
— Hanna Liubakova (@HannaLiubakova) March 2, 2022
Residents of Energodar took to the streets to prevent Russian troops. In this city, the largest nuclear power plant in Europe - the Zaporizhzhia Nuclear Power Station - is located. Any shelling or explosion can be deadly here. I hope the Kremlin understands it pic.twitter.com/nA5udk6eFR
A Inspeção Estatal de Regulação Nuclear da Ucrânia continua a garantir que as centrais estão a funcionar com normalidade e que mantém contacto com todas elas, diz um comunicado hoje divulgado.
Esta terça-feira, o diretor da AIEA, o argentino Rafael Grossi, assegurou estar a acompanhar com grande preocupação o "potencial impacto" do ataque russo na segurança das centrais nucleares na Ucrânia e insistiu que é muito importante que essas instalações não sejam colocadas em risco.
"Um acidente nas instalações nucleares da Ucrânia pode ter sérias consequências para a saúde pública e para o meio ambiente", alertou o diretor da agência.
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