O embaixador russo na Organização das Nações Unidas (ONU), Vasily Nebenzia, afirmou, esta quarta-feira, que a Rússia “fez de tudo para evitar” o conflito com a Ucrânia e voltou a defender que o avanço das tropas russas se trata de uma “operação militar especial” devido ao “genocídio” levado a cabo pela Ucrânia nas regiões separatistas do Donbass.
“Nos últimos anos, o nosso país fez tudo o que foi possível para evitar este cenário. Batemos a todas as portas, mas não fomos ouvidos”, considerou.
Durante a sua intervenção na sede da ONU, em Nova Iorque, o diplomata justificou a invasão à Ucrânia com o Artigo 51 da Carta das Nações Unidas, que permite "o direito inerente de legítima defesa individual ou coletiva no caso de ocorrer um ataque armado contra um membro das Nações Unidas".
Nebenzia voltou também a justificar a invasão russa com o “neonazismo” e o crescimento de “organizações nacionalistas” na Ucrânia, que “há oito anos”, desde a revolução ucraniana de 2014, “matam milhares de pessoas”.
O embaixador russo destacou ainda que o país não está “a atacar alvos civis”, nem “pretende”, e apelou para não se acreditar nas “notícias falsas”.
Na passada quinta-feira, a Rússia lançou uma ofensiva militar na Ucrânia. Segundo os últimos dados, mais de dois mil civis ucranianos morreram desde então e cerca de um milhão de pessoas abandonaram o país.
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