As sanções, anunciadas hoje pela Casa Branca, aplicam-se a 22 entidades ligadas ao setor de Defesa russo e impõem ainda restrições às exportações de tecnologia que possam apoiar a capacidade da Rússia em refinar petróleo.
Washington identificou em particular "22 entidades russas" do complexo industrial militar do país que fabrica aeronaves, veículos de infantaria, mísseis e 'drones'.
Os ativos destas entidades nos Estados Unidos ficarão congelados e serão banidas de todas as transações com empresas ou pessoas norte-americanas.
A Casa Branca também decidiu interromper as exportações para a Rússia de equipamento e tecnologia necessários para a indústria petrolífera, uma forma de atacar a principal fonte de rendimento do regime liderado por Vladimir Putin.
O Departamento do Comércio dos EUA estendeu ainda à Bielorrússia os controlos nas exportações impostos à Rússia, para "degradar significativamente" a capacidade de Minsk em apoiar a invasão russa à Ucrânia.
Os Estados Unidos vão impor a Minsk as mesmas "duras medidas de controlo de exportação" já infligidas contra a Rússia após a invasão da Ucrânia, detalhou o executivo norte-americano.
Washington passará a impor uma "proibição quase total" da venda de equipamentos ao Exército bielorrusso.
Esta medida deve impedir que Moscovo contorne as sanções contra a Rússia, movimentando armamento e equipamento de Defesa pela Bielorrússia, lembrou a Casa Branca.
O governo norte-americano voltou a enfatizar que as medidas estão a ser tomadas em estreita coordenação com os aliados dos Estados Unidos.
A União Europeia, por exemplo, também anunciou hoje novas sanções económicas contra Minsk, acrescentando 22 oficiais superiores das forças armadas bielorrussas à lista de individualidades alvo de sanções pelo seu apoio à invasão russa da Ucrânia, anunciou o Conselho.
Em 24 de fevereiro passado, 20 membros das forças armadas bielorrussas já haviam sido incluídos na lista no mesmo contexto, apontando o Conselho que, com os 22 oficiais também da Bielorrússia hoje acrescentados, a lista de pessoas singulares e coletivas alvo de sanções -- designadamente congelamento de ativos e proibição de viajar para ou pela UE -- no quadro da agressão militar russa à Ucrânia ascende já a 702 indivíduos e 53 entidades.
A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar com três frentes na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamentos em várias cidades. As autoridades de Kiev contabilizaram, até ao momento, mais de 2.000 civis mortos, incluindo crianças, e, segundo a ONU, os ataques já provocaram mais de 100 mil deslocados e pelo menos 836 mil refugiados na Polónia, Hungria, Moldova e Roménia.
O Presidente russo, Vladimir Putin, justificou a "operação militar especial" na Ucrânia com a necessidade de desmilitarizar o país vizinho, afirmando ser a única maneira de a Rússia se defender e garantindo que a ofensiva durará o tempo necessário.
O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional, e a União Europeia e os Estados Unidos, entre outros, responderam com o envio de armas e munições para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas para isolar ainda mais Moscovo.
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