Equipa do Tribunal Penal Internacional já está a caminho da Ucrânia

Vão investigar eventuais crimes de guerra, contra a Humanidade e genocídio.

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Notícias ao Minuto
03/03/2022 11:44 ‧ 03/03/2022 por Notícias ao Minuto

Mundo

Ucrânia

Uma equipa do Tribunal Penal Internacional (TPI) já abandonou as instalações em Haia, nos Países Baixos, e encontra-se a caminho da Ucrânia, revela, esta quinta-feira, a agência Reuters. Vão investigar eventuais crimes de guerra, contra a Humanidade e genocídio.

"Ontem criei uma equipa e, hoje, eles estão a encaminhar-se para a região", afirmou o procurador Karim Khan. 

De lembrar que, após o Reino Unido revelar que, com 37 outros países, denunciou as "atrocidades" cometidas pela Rússia no conflito com a Ucrânia, o procurador do Tribunal Penal Internacional anunciou ter aberto oficialmente uma investigação aos alegados crimes de guerra russos.

Karim Khan recordou, também na quarta-feira, que, no seu comunicado do dia 28 de fevereiro, no qual expressou a intenção de abrir uma investigação sobre a situação na Ucrânia, o seu gabinete já teria "razões para acreditar que crimes tinham sido cometidos na jurisdição do TPI", com casos já identificados.

Recorde-se que a Rússia lançou, na madrugada de 24 de fevereiro, uma ofensiva militar com três frentes na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamentos em várias cidades. As autoridades de Kiev contabilizaram, até ao momento, mais de 2.000 civis mortos, incluindo crianças, e, segundo a ONU, os ataques já provocaram mais de 100 mil deslocados.

O Presidente russo, Vladimir Putin, justificou a "operação militar especial" na Ucrânia com a necessidade de desmilitarizar o país vizinho, afirmando ser a única maneira de a Rússia se defender e garantindo que a ofensiva durará o tempo necessário.

O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional, e a União Europeia e os Estados Unidos, entre outros, responderam com o envio de armas e munições para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas para isolar ainda mais Moscovo.

[Notícia atualizada às 11h56]

Leia Também: AO MINUTO: Negociações às 12h; Pelo menos 227 civis mortos

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