"Somos e seremos um país de destino", disse o primeiro-ministro conservador, lembrando que o seu Governo já emitiu 6.449 vistos de residência para refugiados ucranianos que fogem da invasão russa.
Fiala esclareceu que com o estado de emergência será possível prestar "cuidados mais eficazes" aos refugiados, envolvendo os recursos humanos e materiais dos governos regionais na ajuda aos que chegam ao país.
Praga também quer alterar a legislação no setor social, para permitir aos ucranianos um acesso mais fácil ao mercado de trabalho, sem a necessidade de solicitarem uma autorização.
A contratação de professores ucranianos também será facilitada para melhor acolher os filhos dos refugiados nas escolas.
Vit Rakusan, ministro do Interior checo, assegurou que o estado de emergência não terá impacto na população checa.
A República Checa, que durante a crise migratória provocada pelos conflitos no Médio Oriente foi um dos países europeus menos favoráveis ao acolhimento de refugiados, demonstra agora uma onda de solidariedade perante o conflito ucraniano.
De acordo com os 'media' locais, a população checa já arrecadou cerca de 40 milhões de euros em petições públicas.
A ajuda do executivo checo também se estende ao plano militar e o Governo de Petr Fiala disse ter enviado para a Ucrânia munições, armas e equipamentos médicos, no valor de cerca de 25 milhões de euros.
A Rússia lançou há uma semana uma ofensiva militar na Ucrânia com três frentes e recorrendo a forças terrestres e a bombardeamentos em várias cidades.
As autoridades de Kiev contabilizaram, até ao momento, mais de 2.000 civis mortos, incluindo crianças. A ONU já deu conta de mais de um milhão de refugiados.
O Presidente russo, Vladimir Putin, justificou a "operação militar especial" na Ucrânia com a necessidade de desmilitarizar o país vizinho, afirmando ser a única maneira de a Rússia se defender e garantindo que a ofensiva durará o tempo necessário.
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