Lenda do boxe mundial, é presidente da Câmara Municipal de Kyiv e recusa-se a deixar o país. Para além do resistente presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, Vitali Klitschko, estrela nacional, tem mostrado nas redes sociais que ficou para lutar.
Vitali tem 50 anos e é filho de um general ucraniano da Força Aérea Soviética. Foi campeão do Mundo de pesos pesados da WBO, entre outros títulos, e ganhou a alcunha de “Dr. Punhos de Ferro”.
Tem três filhos com a mulher, uma modelo russa, jogadora de ténis e depois de deixar o boxe enveredou na política.
Iniciou formalmente a sua carreira política em 2006, quando ficou em segundo lugar na corrida para a Câmara Municipal de Kyiv. Em 2010, fundou o partido Aliança Democrática Ucraniana para a Reforma (UDAR) e foi eleito para o parlamento deste partido em 2012.
Foi figura de destaque nos protestos Euromaidan, em 2013 e 2014, e chegou a anunciar a sua possível candidatura à presidência ucraniana, mas tal acabou por não acontecer. Foi eleito presidente da Câmara de Kyiv a 25 de maio de 2014.
Ver esta publicação no Instagram
Com Vitali ficou também na Ucrânia o irmão deste. Os irmãos são lendas do boxe mundial e disseram, numa entrevista à CNN, que estão dispostos a morrer pela Ucrânia.
Vitali Klitschko diz que está impressionado com a mobilização dos ucranianos para a defesa do país. "Há um enorme movimento patriótico. Até idosos, imaginam? Médicos, atores, pessoas com profissões que nunca tiveram a expectativa de lutar estão a pegar em armas. Estão prontos para lutar, é incrível."
Antes do conflito com a Rússia, Vitali era visto como um provável futuro presidente da Ucrânia.
Esta quinta-feira, à Reuters, o presidente da Câmara de Kiev reiterou que não se vai render perante as agressões russas e referiu que já morreram "milhares" de pessoas durante esta guerra e que "infelizmente, esse número vai crescer".
"Vocês são um instrumento nas mãos de um homem que tem uma única ambição: ressuscitar a União Soviética. Por causa das ambições de um único homem, nós estamos todos a pagar um preço muito alto", disse ainda, dirigindo-se às tropas russas.
Leia Também: Negociadores ucranianos e russos reunidos de novo na Bielorrússia