Os membros russos da associação são Europa Media Group (EMG), Everest Sales, Gazprom-Media, Media-1, National Advertising Alliance (NRA) e Russian Media Group.
A administradora da Impresa para a área das receitas ('chief revenue officer') Cristina Vaz Tomé é membro do Conselho de Administração da EGTA.
"Nos últimos dias, temos testemunhado a invasão da Ucrânia pela Rússia e as atrocidades cometidas contra o povo ucraniano. Enquanto associação alicerçada na cooperação transfronteiriça, estamos profundamente preocupados com esta trágica situação e condenamos veementemente o ataque aberto da Rússia à democracia e à paz na Europa", afirma a EGTA, em comunicado.
"Como tal, solidarizamo-nos com o povo da Ucrânia e com todos os colegas da EGTA nos media e na indústria da publicidade, na Ucrânia e na Rússia, que são atraídos involuntariamente para um conflito desnecessário", prossegue a associação.
"Como forte sinal da nossa liderança e contributo para o esforço internacional em isolar a Rússia da comunidade internacional, suspendemos todos serviços os todos os membros russos", sendo que "a suspensão permanecerá em vigor até nova decisão da próxima assembleia-geral da associação", afirma.
A EGTA adianta que no seio dos seus membros "já foram iniciadas diversas ações humanitárias e de angariações de fundos".
A associação "ajudará a coordenar as ações sempre que possível" e "doará 100.000 euros para os media da Ucrânia e instituições humanitárias e convida" outras associações em toda a Europa a adotar medidas semelhantes.
"Nesta hora sombria, permanecemos em contacto muito próximo com os nossos colegas ucranianos e continuaremos as discussões com os nossos membros -- pedindo e esperando um fim rápido das hostilidades e um retorno ao respeito pela democracia", afirma a EGTA.
A SIC, membro da EGTA, "através da SIC Esperança e com a Fundação Benfica, iniciaram uma campanha de angariação de bens de primeira necessidade, 'Juntos pela Ucrânia', para enviar para a Ucrânia, Polónia e Roménia, a decorrer em todo o país até ao próximo sábado".
A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar com três frentes na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamentos em várias cidades. As autoridades de Kiev contabilizaram, até ao momento, mais de 2.000 civis mortos, incluindo crianças, e, segundo a ONU, os ataques já provocaram mais de um milhão de refugiados na Polónia, Hungria, Moldova e Roménia, entre outros países.
O Presidente russo, Vladimir Putin, justificou a "operação militar especial" na Ucrânia com a necessidade de desmilitarizar o país vizinho, afirmando ser a única maneira de a Rússia se defender e garantindo que a ofensiva durará o tempo necessário.
O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional, e a União Europeia e os Estados Unidos, entre outros, responderam com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas para isolar ainda mais Moscovo.
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