EUA criam linha direta com Ministério da Defesa russo evitando confrontos

Os Estados Unidos estabeleceram uma linha direta de comunicação com o Ministério da Defesa russo para evitar confrontos indesejados entre forças russas e soldados norte-americanos posicionados em países aliados da Europa de leste, segundo uma fonte do Pentágono.

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Lusa
03/03/2022 23:26 ‧ 03/03/2022 por Lusa

Mundo

Ucrânia

A linha foi estabelecida na terça-feira "com o objetivo de evitar erros de cálculo, incidentes militares e uma escalada" da tensão entre as duas potências, disse a mesma fonte à EFE.

A medida, acrescentou, faz parte dos canais que os EUA mantêm para abordar "questões cruciais de segurança" com a Rússia durante uma contingência ou emergência.

Os EUA vinham alertando há vários meses para a preparação de uma agressão russa na Ucrânia e, no âmbito dessas advertências, enviaram temporariamente mais de 6.000 soldados para países do flanco leste da NATO, como a Roménia, Alemanha e Polónia.

Além disso, os EUA têm mais de 80.000 soldados que estão no continente europeu em missões permanentes ou rotativas.

Em solo norte-americano, o Pentágono mantém 8.500 militares uniformizados em "alerta máximo" prontos para serem enviados para a Europa, se necessário.

O governo dos EUA tem insistido que não enviará tropas para a Ucrânia e que não procurará nenhum confronto direto com soldados russos.

A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar com três frentes na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamentos em várias cidades.

As autoridades de Kiev contabilizaram, até ao momento, mais de 2.000 civis mortos, incluindo crianças, e, segundo a ONU, os ataques já provocaram mais de um milhão de refugiados na Polónia, Hungria, Moldova e Roménia, entre outros países.

O Presidente russo, Vladimir Putin, justificou a "operação militar especial" na Ucrânia com a necessidade de desmilitarizar o país vizinho, afirmando ser a única maneira de a Rússia se defender e garantindo que a ofensiva durará o tempo necessário.

O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional, e a União Europeia e os Estados Unidos, entre outros, responderam com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas para isolar ainda mais Moscovo.

Leia Também: EUA vão reabrir consulado em Cuba, encerrado desde 2017

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