No espaço de um mês, o número de adeptos da adesão à Aliança Atlântica subiu nove pontos percentuais, atingindo um máximo histórico de 51%, enquanto os que se opõem diminuíram para 27%, uma queda de dez pontos, segundo a sondagem do Instituto Demoskop.
Uma primeira sondagem, divulgada na passada sexta-feira, revelava já uma tendência forte de apoio à adesão, mas ainda sem a maioria de inquiridos.
Na Suécia, a opinião pública sempre foi desfavorável à adesão à NATO até à anexação da península ucraniana da Crimeia pela Rússia em 2014, mas, desde então, tem havido uma paridade entre os que defendem a entrada na Aliança Atlântica e os que se lhe opõem.
Num futuro imediato, Suécia e Finlândia descartaram a ideia de uma candidatura à Aliança Atlântica, mas o debate foi relançado, mesmo entre forças políticas ideologicamente diferentes.
Há vários anos que a Rússia avisa que a adesão de qualquer um destes países nórdicos à NATO teria "sérias consequências políticas e militares", um alerta reiterado na sexta-feira passada pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros russo.
O Presidente finlandês, Sauli Niinisto - que se vai encontrar hoje com o seu homólogo norte-americano, Joe Biden, em Washington - pediu ao seu país, na quinta-feira, para que "mantenha a cabeça fria" sobre a questão de uma eventual adesão à Aliança Atlântica.
Suécia e Finlândia são países oficialmente não-alinhados, embora sejam ambos parceiros da NATO desde meados da década de 1990, quando viraram a página da neutralidade no final da Guerra Fria.
Leia Também: Homenagens à Ucrânia levam China a cancelar transmissão da Premier League