"Continuaremos a impor novas e severas sanções em resposta à agressão russa", realçaram os ministros dos Negócios Estrangeiros dos sete países mais industrializados do mundo e o chefe da diplomacia da União Europeia, num comunicado conjunto.
O G7, presidido este ano pela Alemanha, também saúda o acordo entre Moscovo e Kiev para o estabelecimento de "corredores humanitários", considerando este um "primeiro passo importante" que deve ser "implementado de forma confiável e rápida".
"Condenamos os ataques contra civis ucranianos e infraestruturas civis, incluindo escolas e hospitais. A Rússia deve respeitar plenamente as suas obrigações ao abrigo do direito internacional humanitário e os padrões de direitos humanos", pode ler-se.
"Em qualquer lugar dentro das fronteiras internacionalmente reconhecidas da Ucrânia, organizações de ajuda humanitária ucranianas e da ONU, pessoal médico e trabalhadores não-governamentais devem ter acesso imediato, seguro e rápido às pessoas necessitadas", sublinharam ainda os países do G7.
Estas nações também asseguraram que vão "responsabilizar os autores de crimes de guerra, incluindo o uso indiscriminado de armas contra civis".
"Apoiamos as investigações e a recolha de provas em curso, nomeadamente pelo procurador do Tribunal Penal Internacional", destacaram.
Com a nova agressão, em andamento na Ucrânia, o Presidente Vladimir Putin "isolou a Rússia do mundo", salientaram os países do G7, apontando a votação esmagadora na Assembleia Geral das Nações Unidas a condenar a invasão russa e a pedir a retirada imediata.
Na sequência do bombardeamento da central nuclear de Zaporiyia, a maior da Europa e que se situa no sul da Ucrânia, o G7 instou a Rússia a acabar com os ataques.
"Qualquer ataque armado e qualquer ameaça contra instalações nucleares utilizadas para fins pacíficos constitui uma violação dos princípios da Carta das Nações Unidas e do direito internacional (...)", lembraram os países do G7, grupo que inclui Alemanha e Estados Unidos , França, Reino Unido, Itália, Canadá e Japão.
O G7 apoia também a iniciativa do diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA), Rafael Grossi, que procura um "acordo entre a Ucrânia e a Rússia que garanta a segurança das instalações nucleares na Ucrânia".
No comunicado conjunto, estas potências condenaram ainda a desinformação promovida "pelo governo russo e pelos 'media' afetos a este".
"O fluxo constante de alegações fabricadas coloca vidas adicionais em risco. Estamos determinados a combater a campanha de desinformação da Rússia", garantiram.
A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar com três frentes na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamentos em várias cidades. As autoridades de Kiev contabilizaram, até ao momento, mais de 2.000 civis mortos, incluindo crianças, e, segundo a ONU, os ataques já provocaram mais de um milhão de refugiados na Polónia, Hungria, Moldova e Roménia, entre outros países.
O Presidente russo, Vladimir Putin, justificou a "operação militar especial" na Ucrânia com a necessidade de desmilitarizar o país vizinho, afirmando ser a única maneira de a Rússia se defender e garantindo que a ofensiva durará o tempo necessário.
O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional, e a União Europeia e os Estados Unidos, entre outros, responderam com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas para isolar ainda mais Moscovo.
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