Esta reunião foi marcada a pedido dos Estados Unidos e da Albânia.
Após a sessão pública, terão lugar consultas à porta fechada entre os 15 membros do Conselho de Segurança, desta vez a pedido do México e da França, que têm um projeto de resolução para ser votado, acrescentou à AFP um diplomata.
O projeto de resolução franco-mexicano, que tinha como perspetiva ser votado na terça-feira, algo que não ocorre, visa exigir a cessação das hostilidades, a entrega de ajuda humanitária e a proteção dos civis.
A iniciativa enfrentou várias dificuldades, incluindo a posição dos EUA de que não a apoiariam se esta não visasse diretamente a Rússia como fonte da crise humanitária, acrescentou outra fonte diplomática à AFP.
De qualquer forma, a Rússia, como membro permanente do órgão, tem direito de veto em todas as decisões do Conselho de Segurança que não digam respeito a procedimentos.
Na quinta-feira, a Ucrânia e a Rússia concordaram em criar "corredores humanitários", permitindo que civis fujam com segurança das zonas de combate, embora a implementação prática destes "corredores" continue por definir.
O ataque russo à central de Zaporizhzhia, que levantou receios de uma catástrofe, levou na sexta-feira a uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU, a pedido do Reino Unido, para discutir as consequências dos bombardeamentos russos contra a central nuclear ucraniana.
Na reunião, a responsável de Assuntos Políticos da ONU, Rosemary DiCarlo, disse que os ataques a centrais nucleares, como o realizado pelas forças russas, são contra as normas internacionais e uma grande irresponsabilidade.
A Rússia lançou, na madrugada de 24 de fevereiro, uma ofensiva militar à Ucrânia e as autoridades de Kiev contabilizaram, até ao momento, mais de 2.000 civis mortos, incluindo crianças. Segundo a ONU, os ataques já provocaram mais de 1,2 milhões de refugiados.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas para isolar ainda mais Moscovo.
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