Ucrânia: Retirada de Mariupol começa ao fim da manhã
A autarquia da cidade ucraniana de Mariupol anunciou hoje que a retirada de civis deste porto estratégico no mar de Azov, rodeado por forças russas e pró-russas, vai começar ao final da manhã (hora local).
© Reuters
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"A retirada da população civil vai começar às 11:00 (09:00 em Lisboa)", disse a câmara municipal, na sequência de um acordo de cessar-fogo temporário com a Rússia, que estará em vigor durante o dia, entre as 10:00 e às 16:00 (08:00-14:00 em Lisboa).
A mesma fonte indicou, na mensagem na plataforma Telegram, que serão necessárias "várias etapas de retirada, ao longo de vários dias para que cada pessoa que queira sair [da cidade] o possa fazer".
O corredor de retirada dos civis conduz à cidade ucraniana de Zaporizhzhia, a 200 quilómetros a noroeste.
A Rússia anunciou um cessar-fogo temporário para a abertura de corredores humanitários que permitam a retirada de civis nas cidades ucranianas de Mariupol e Volnovaja, no leste da Ucrânia.
Antes, o autarca de Mariupol, Vadim Boitchenko, tinha afirmado que o porto estratégico de Mariupol se encontrava "sob bloqueio" e era alvo de "ataques impiedosos" do exército russo.
"A nossa prioridade é conseguir um cessar-fogo para que possamos restabelecer as infraestruturas vitais e criar um corredor humanitário para fazer chegar alimentos e medicamentos à cidade", acrescentou, numa mensagem divulgada na plataforma Telegram.
O controlo de Mariupol é estratégico para a Rússia, uma vez que permitiria garantir uma continuidade territorial entre as forças vindas da Crimeia e as que chegam dos territórios separatistas pró-russos da região de Donbass.
A Rússia lançou, na madrugada de 24 de fevereiro, uma ofensiva militar à Ucrânia e as autoridades de Kiev contabilizaram, até ao momento, mais de 2.000 civis mortos, incluindo crianças. Segundo a ONU, os ataques já provocaram mais de 1,2 milhões de refugiados.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas para isolar ainda mais Moscovo.
[Notícia atualizada às 08h39]
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