Zelensky e Biden discutem ajuda financeira e sanções contra a Rússia
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, anunciou hoje ter falado por telefone com o homólogo norte-americano, Joe Biden, para discutir o apoio financeiro dos EUA à Ucrânia e sanções contra a Rússia.
© SERGEI SUPINSKY/AFP via Getty Images
Mundo Rússia/Ucrânia
Zelensky escreveu na rede social Twitter que recebeu uma chamada de Biden, "como parte de um diálogo contínuo", para discutir "questões de segurança" e as "sanções contínuas" à Rússia pela invasão da Ucrânia.
A Casa Branca confirmou que os dois líderes tiveram hoje uma conversa telefónica durante mais de 30 minutos, sem adiantar pormenores.
Zelenksy acrescentou ter também falado novamente com o primeiro-ministro de Israel, Naftali Bennett, que se encontrou-se, no sábado, em Moscovo, com o Presidente russo, Vladimir Putin, para discutir a situação na Ucrânia.
"Bennett ligou-me após a reunião com Vladimir Putin. Continuamos o diálogo", escreveu no Twitter o Presidente ucraniano, que é também judeu.
Bennett é um dos líderes mundiais que ainda não condenou a invasão da Ucrânia pela Rússia, sublinhando as boas relações que Israel mantém com os dois países em guerra.
O Estado judaico entregou ajuda humanitária à Ucrânia, mas mantém laços com a Rússia, de forma a garantir que a aviação israelita e russa não entram em conflito na vizinha Síria, referiu a agência de notícias Associated Press (AP).
A Ucrânia pediu mesmo que Bennett desempenhe funções de mediador no conflito, indicou, por sua vez, a agência de notícias France-Presse (AFP).
Em Jerusalém, o gabinete de Bennett adiantou que o encontro com Putin terminou ao fim de duas horas e meia de discussão, mas o porta-voz do primeiro-ministro israelita disse depois que a reunião prosseguia, enquanto o Kremlin confirmou que o encontro em Moscovo serviu para discutir a situação na Ucrânia.
Bennett é o primeiro dirigente estrangeiro a visitar a Rússia desde o início da invasão russa da Ucrânia. Também o primeiro-ministro paquistanês esteve em Moscovo no dia seguinte ao início da guerra, mas numa visita há muito prevista.
A Rússia lançou, na madrugada de 24 de fevereiro, uma ofensiva militar à Ucrânia e as autoridades de Kiev contabilizaram, até ao momento, mais de 2.000 civis mortos, incluindo crianças. Segundo a ONU, os ataques já provocaram mais de 1,2 milhões de refugiados.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas para isolar ainda mais Moscovo.
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