No domingo, companhia petrolífera nacional da Líbia anunciou que um grupo armado encerrou os campos de petróleo de Sharara e de el-Feel, fazendo com que a produção diária de petróleo do país caísse 330.000 barris.
Após o grupo ter fechado as válvulas neste campo, a estatal National Oil Corporation declarou um "estado de força maior", isentando a empresa da responsabilidade de incumprimento de contratos.
"Estou a acompanhar com preocupação a notícia do encerramento dos campos petrolíferos (...) que priva todos os líbios da sua principal fonte de rendimento", escreveu a enviada especial da ONU para a Líbia na plataforma Twitter.
"O bloqueio do petróleo deve ser levantado", insistiu.
A mensagem foi apoiada pelo embaixador norte-americano em Tripoli, Richard Norland, citado pela agência noticiosa France-Presse (AFP), que apelou para o levantamento "imediato" do bloqueio.
Antes do encerramento, a produção de petróleo da Líbia era de cerca de 1,2 mil milhões de barris por dia.
A mesma milícia tinha já perturbado a produção de petróleo em ambos os campos em 2014 e 2016.
O encerramento dos campos surge num momento em que a Líbia se encontra numa nova crise política, com dois governos rivais, e quando a invasão russa da Ucrânia abalou os mercados mundiais, fazendo subir os preços do petróleo bruto acima dos 130 dólares por barril.
A Líbia tem a nona maior reserva de petróleo conhecida do mundo e as maiores reservas de petróleo em África.
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