Polónia sem planos para enviar aviões de combate ou pilotos à Ucrânia

A Polónia não tem planos para enviar para a Ucrânia aviões caça ou pilotos militares, fora do âmbito da NATO, nem para disponibilizar os seus aeroportos, garantiu hoje o primeiro-ministro polaco, Mateusz Morawiecki.

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Lusa
07/03/2022 19:47 ‧ 07/03/2022 por Lusa

Mundo

Guerra na Ucrânia

O chefe de governo polaco, que falava durante uma conferência de imprensa, negou três vezes, perante a repetição das perguntas, que a Polónia vá ceder alguns dos seus aviões de combate à Força Aérea ucraniana, em troca de receber aviões F-16 dos Estados Unidos.

"A Polónia, em estreita cooperação e coordenação com a NATO, está a tentar desescalar [a guerra na Ucrânia]", sublinhou Morawiecki, acrescentando que a Polónia e a NATO "não estão em guerra com a Rússia".

"Não forneceremos caças à Ucrânia e também não disponibilizaremos os nossos aeroportos para a Ucrânia. Já fornecemos ajuda significativa em muitas outras áreas", salientou o primeiro-ministro polaco.

Na terça-feira, o Presidente da Polónia, Andrzej Duda, já tinha rejeitado o envio de combatentes para a Ucrânia, justificando que isso "significaria uma interferência militar no conflito".

Outros membros do governo polaco asseguraram esta segunda-feira que Varsóvia opõe-se a uma decisão unilateral.

O vice-ministro do Interior, Mariusz Kaminski, destacou que "a decisão sobre este tipo de ajuda deve ser tomada a nível da NATO como um todo. Não deve acontecer que um ou outro país ajude sozinho".

Também o chefe do Gabinete de Segurança Nacional, Pawel Soloch, sublinhou, numa entrevista, que "não há decisões sobre [enviar] os combatentes" e que no momento Varsóvia "não planeia transferi-los para a Ucrânia", porque a decisão "deve ser tomada pelos aliados".

Segundo noticiou a imprensa polaca, o Ministério da Defesa russo considera que "os países que utilizam os seus aeroportos para disponibilizar à Ucrânia aviões de combate podem ser considerados participantes no conflito".

A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que, segundo as autoridades de Kiev, já fez mais de 2.000 mortos entre a população civil.

Os ataques provocaram também a fuga de mais de 1,7 milhões de pessoas para os países vizinhos, de acordo com a ONU.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas a Moscovo.

Leia Também: UE pronta dar "assistência" a profissionais de cultura e media ucranianos

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