Biden anuncia "duro golpe na máquina de guerra" e bane petróleo russo

"Declaramos que não iremos subsidiar a guerra de Putin", informou o presidente dos Estados Unidos da América.

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Beatriz Maio
08/03/2022 16:41 ‧ 08/03/2022 por Beatriz Maio

Mundo

Rússia/Ucrânia

Joe Biden, presidente dos Estados Unidos da América (EUA), discursou na tarde desta terça-feira, na Casa Branca, em Washington D. C., onde revelou que serão proibidas "todas as importações de petróleo e gás da Rússia", assim como energia, o que significa que "o petróleo russo já não entrará nos portos americanos". "Os americanos vão dar mais um duro golpe nesta máquina de guerra", disse o líder democrata.

Nas palavras do presidente, "os americanos têm vindo a apoiar os ucranianos e declaramos que não iremos subsidiar a guerra de Putin", frisou, justificando: "Tomamos esta decisão em consulta estreita com os nossos aliados e parceiros em todo o mundo, nomeadamente na Europa, porque uma resposta unida à agressão de Putin tem sido a minha principal preocupação".

O presidente dos EUA garantiu: “Vamos avançar com esta proibição”. Contudo entende que muitos dos aliados e parceiros europeus poderão “não estar em condições de se juntar” a esta medida, visto que os EUA “produzem muito mais petróleo domesticamente do que todos os países da União Europeia juntos”. Admitiu ainda que os Estados Unidos estão a trabalhar em conjunto com os parceiros europeus de forma a “desenvolver uma estratégia de longa duração para reduzir a dependência da energia russa”.

Não deixou de referir que os EUA garantiram mais de mil milhões de dólares em ajuda à Ucrânia, com dinheiro e armas, tal como a Albânia e a Finlândia, por exemplo, relembrando que têm prestado ajuda humanitária através de organizações não governamentais (ONG) com toneladas comida e outros mantimentos. "Nós vamos manter vivo o compromisso da NATO de defender todos os seus membros", clarificou, acrescentando que os EUA vão também acolher os refugiados da guerra.

"Estamos a avançar com o maior pacote de sanções económicas de sempre contra um país", mencionou, referindo que, como consequência, "a moeda russa está agora a cair mais de 50%", valendo agora menos do que um penny americano. Joe Biden comentou que o objetivo é "impedir que a moeda russa valorize" e acredita que através das sanções será possível fazer com que os componentes e chips eletrónicos não cheguem à Rússia, o que "enfraquecerá a sua capacidade militar tecnológica".

Desde que Putin começou a invasão o preço dos combustíveis nos EUA subiu, como tal, foi decidido e já anunciado que serão libertados seis milhões de barris de petróleo, recorda Biden. Por fim, lamentou: "A agressão russa está a custar-nos a todos", confessando que está "empenhado para proteger as famílias e negócios americanos".

Leia Também: UE tem planos de contingência para interrupção do acesso a gás russo

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