Ucrânia. Primeira-dama condena Putin e "assassinato em massa de civis"

“Apesar de todo este horror, os ucranianos não desistem", escreveu Olena Zelenska.

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Notícias ao Minuto
09/03/2022 00:05 ‧ 09/03/2022 por Notícias ao Minuto

Mundo

Rússia/Ucrânia

A esposa do presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, Olena Zelenska, diz, numa carta aberta endereçada aos média, onde expõe o seu "testemunho da Ucrânia", que o povo ucraniano "nunca desistirá".

A  primeira-dama escreveu que o que aconteceu com o seu país é "impossível de acreditar". Segundo a Sky News, na carta, intitulada ‘Eu testemunho', divulgada no serviço de mensagens do Telegram, Olena menciona: "Apesar das garantias dos meios de propaganda apoiados pelo Kremlin, que chamam isto de 'operação especial' - é, de facto, o assassinato em massa de civis ucranianos".

Contudo, afirma que o presidente da Rússia, Vladimir Putin, subestimou os ucranianos, que estão em "unidade sem paralelo". Ao lamentar a morte de crianças na guerra, citou algumas que morreram e relembrou que agora existem crianças "que nunca conheceram paz nas suas vidas".

Escreveu ainda que “talvez o mais aterrorizante e devastador desta invasão sejam as vítimas infantis. Alice de oito anos que morreu nas ruas de Okhtyrka enquanto o seu avô a tentava proteger. Ou Polina de Kiev, que morreu no bombardeio com os seus pais”. Também fez menção a Arseniy, de 14 anos, que foi atingido na cabeça por destroços e não foi assistido porque a ambulância não chegou a tempo devido aos incêndios. "Quando a Rússia diz que 'não está travando uma guerra contra civis', eu relembro-me dos nomes destas crianças assassinadas”, divulgou.

De referir que o paradeiro da primeira-dama da Ucrânia não é conhecido, apenas se sabe que Zelensky confirmou este fim de semana que a sua família ainda estava na Ucrânia, o que Olena confirma na carta. Salientou que a realidade de mulheres e crianças é "a dor e a mágoa de deixar para trás os entes queridos e a vida como eles a conheciam" e enalteceu os homens que levam as famílias às fronteiras a “derramar lágrimas quando se separam, mas voltam para lutar pela nossa liberdade”.

Por fim, frisou: “Apesar de todo este horror, os ucranianos não desistem".

Olena esclareceu que escreveu o documento porque foi sobrecarregada com pedidos de meios de comunicação em todo o mundo e esta é a sua resposta às perguntas que lhe foram endereçadas.

Leia Também: "Estou bem", diz criança que levou um tiro durante invasão russa

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